Entre os dias 28 e 30 de março, o território indígena Xukuru do Ororubá, em Pesqueira-PE, sediará o 1° Festival de Cinema Indígena do Nordeste – “Nossa Comunicação é Ancestral”. O evento acontecerá no Espaço Mandaru, na Aldeia Pedra D’Água, reunindo cineastas, comunicadores, lideranças indígenas e apoiadores da cultura. Além disso, o festival tem como objetivo fortalecer a produção audiovisual dos povos originários, promovendo maior visibilidade às suas narrativas.
O festival é uma iniciativa da Ororubá Filmes, bem como da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME). Dessa forma, busca-se consolidar o cinema indígena na região. Um dos destaques, contudo, será a criação da Rede Audiovisual do Nordeste Indígena, estrutura que promoverá maior autonomia para produções locais.
Programação
A programação contará com oficinas de audiovisual, bem como rodas de debate para troca de experiências. Além disso, haverá exibições de filmes premiados, com a participação de seus realizadores, e também apresentações culturais com grupos musicais indígenas.
O festival, portanto, não se limita a exibir produções cinematográficas. Mais do que isso, representa um marco na comunicação indígena, promovendo o fortalecimento da identidade cultural. Por esse motivo, o Nordeste recebe pela primeira vez um evento desse porte, consolidando o audiovisual indígena como ferramenta de resistência e valorização das culturas ancestrais.
Assim, o festival se estabelece como um espaço de troca e aprendizado. Afinal, a comunicação indígena vai além da oralidade, utilizando a imagem e o som para preservar memórias e fortalecer a luta dos povos originários. Logo, essa é uma oportunidade de amplificar essas vozes, garantindo que suas histórias sejam contadas a partir de sua própria perspectiva.
Enfim, o evento reafirma o compromisso com a diversidade cultural. Ainda que seja um festival de cinema, carrega um significado muito mais amplo: a valorização da arte indígena como expressão de identidade e resistência. Ou seja, um chamado para reconhecer e celebrar a ancestralidade na comunicação!