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A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre a morte do promotor de Justiça do município de Itaíba, Thiago Faria Soares. No processo, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo foi apontado como mandante do crime. José Marisvaldo, José Maria Cavalcanti, Adeildo Ferreira, preso no último dia 19, e Antonio Cavalcanti Filho, que está foragido, foram acusados por participar do crime e executá-lo. José Maria Pedro Rosendo, José Marisvaldo, José Maria Cavalcanti e Adeildo Ferreira já estão no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). Todos são acusados por dupla tentativa de homicídio e homicídio qualificado, com estimativa de serem condenados a pena de 20 a 30 anos de prisão. Outro participante do crime, Jenessy Carneiro, também foi indiciado, mas não teve o mandado de prisão expedido e permanecerá em liberdade até o julgamento.
O delegado federal Alexandre Alves, responsável por liderar as investigações, explicou que foram reunidas provas técnicas e depoimentos que comprovam a motivação e a autoria do crime pelos indiciados. “Outras linhas foram levantadas e checadas, mas foram descartadas”, explicou Alves, que veio de Brasília para assumir o caso. A investigação do inquérito foi concluída no último dia 19 com a prisão de Adeildo. “Após a conclusão do inquérito, ele foi encaminhado ao Ministério Público Federal que deve oferecer denúncia à Justiça Federal. Caso sejam necessárias novas diligências, a PF está pronta para realizá-las”, afirmou o superintendente da Polícia Federal de Pernambuco, Marcello Diniz.
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Outros nomes que surgiram nas investigações foram os de Edmacy Cruz Ubirajara, que foi preso por 65 dias logo no início das investigações sob suspeita de ser um dos executores, e José Ivanilson, que foi detido por usar um documento do promotor. No entanto, os dois não tiveram envolvimento no caso, de acordo com o inquérito final.
O inquérito também concluiu que o crime foi motivado por uma disputa de terras da propriedade Fazenda Nova, localizada em Águas Belas, no Agreste pernambucano. José Maria Rosendo, apontado como mandante, perdeu a posse para a noiva do promotor, Mysheva Freire Ferrão, em um leilão da Justiça Federal, e teve que deixar o imóvel.
O promotor foi morto no dia 14 de outubro de 2013, no quilômetro 15 da rodovia estadual PE-300, no município de Itaíba, no Agreste de Pernambuco. Thiago Faria dirigia o carro acompanhado de Mysheva e de um tio dela. Nenhum dos passageiros ficou ferido com os disparos de arma de fogo. Mas pelo menos quatro balas de calibre 12 atingiram a vítima, que morreu sem ter direito a socorro. Ele se casaria com Mysheva duas semanas depois.
Informações: Folha PE