Por Professor José Ivan de Lima*
No recinto da Câmara de Vereadores, entre os muitos assuntos discutidos, está o da paralisia do governo municipal, diante da necessidade de fazer funcionar o novo matadouro público e o posto de saúde do bairro Maestro Francisquinho (Mário Melo II).
As obras foram feitas na administração de Cleide Ferreira e, após sete meses e meio, continuam sem nenhuma utilidade. Por quê? Quais os motivos reais da paralisia? Sobre o posto de saúde as justificativas de alguns defensores da administração do Sr. Prefeito chegam a ser simplórias, chegando até arguirem-se de versados em conhecimentos técnicos, que pelo visto os engenheiros da Caixa Econômica não têm, já que não viram esses defeitos e nem condenaram a obra. E quanto ao matadouro público, quais são elas?
Não estaria havendo um certo desprezo pelas obras alheias? Será que aquela velha história de não valorizar obra feita por adversário está sendo cultivada? Se está, acredito ser conselho de puxa-saco, e, sobre esse personagem, existe conselho de Maquiavel sobre a melhor maneira de enfrentá-lo: convém perguntar a quem entende desses assuntos para adotá-los ou não .
Não cabe aos vereadores obrigar o Sr. Prefeito a fazer qualquer obra. Não temos esse poder. Nossa função é fiscalizar, denunciar, pedir reclamar, mas não executar! Caso o Sr. Prefeito negue-se a fazer funcionar o matadouro e o posto de saúde, deve explicar o porquê ao povo e ao Tribunal de Contas do Estado e o Tribunal de Contas da União, afinal são recursos públicos conseguidos com o governos federal e estadual.
Se falta dinheiro para equipá-los, por que não se compra a crédito? Onde está o crédito da prefeitura que fica patinando e não sai do lugar? Por que essa inércia, essa patinação em terra seca? Até quando esse assunto continuará sem solução?
*José Ivan de Lima é professor, ex-prefeito e Presidente da Câmara de Vereadores de Sertânia.