Após apresentar 130 licenças médicas, policial militar é excluída da corporação

Uma cabo da Polícia Militar de Pernambuco foi excluída da corporação após ser investigada por apresentar 130 licenças médicas. No total, a policial ficou 774 dias afastada do serviço operacional sob a alegação de que apresentava inúmeros problemas de saúde. Apesar disso, segundo as investigações, durante pelo menos 27 dias em que deveria estar de licença, a cabo estava trabalhando no Programa de Jornada Extra de Segurança – que prevê pagamento adicional ao PM que se voluntaria para estar ruas nos horários em que está de folga.

As investigações foram conduzidas pela Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS). Em uma das ocasiões em que a policial apresentou atestado médico, em 30 de abril de 2013, ela cumpriu escala de serviço na Patrulha Escolar.

A decisão de excluir a PM foi definida também com base na análise feita pelo Ministério Público. “A postura imoral da imputada (policial) de, mesmo incapacitada para o serviço, ter se voluntariado para uma função remunerada, demonstra sua pretensão venal e sua desconsideração com a vida das pessoas que deveria proteger”, apontou o promotor que acompanhou caso.

A decisão pela punição à policial, assinada pelo secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, foi publicada no Diário Oficial.

Outras punições

Outros quatro policiais militares foram punidos com a exclusão da corporação nessa segunda-feira (24). Um soldado é acusado de integrar uma quadrilha especializada em homicídios, tráfico de drogas e tráfico de armas, com atuação no Estado. O grupo foi desarticulado durante operação em 2013.

Outro cabo perdeu o cargo após ser investigado por participar de tentativa de furto de um carro em Arcoverde, no Agreste de Pernambuco. O caso aconteceu em 2016, e segue em tramitação na Justiça.

Um sargento da PM foi excluído por exercer a função de segurança pessoal de um homem acusado de ser proprietário de máquinas de jogos de azar, em Nova Descoberta, no Recife.

Por fim, um cabo perdeu o cargo depois de ser autuado em flagrante e investigado administrativamente por violência doméstica e desacato. Esse caso aconteceu em Petrolina, no Sertão.

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