Pelo Médico Renato Granjeiro
Os médicos não deveriam se irritar com a presença dos cubanos, pior é conviver com alguns colegas picaretas, mau caráter, esses sim são responsáveis pela situação de desprezo e discriminação que os médicos vêm passando, sendo chamados de Mauricinhos e Patricinhas de jaleco branco. A população vive um momento de revolta contra a classe medica e a maior parte da culpa é nossa. Não devemos temer a presença dos cubanos, pois cada um de nós tem seu lugar da forma que o conquistou.
Na verdade, o que está errado é a maneira como esses profissionais estão sendo introduzidos no mercado de trabalho, de forma ditatorial, passando por cima dos conselhos de classe, ignorando-os, e enganando a população fazendo dos médicos cubanos uma espécie de falsos super-heróis, como se os mesmos conseguissem fazer aqui o que os brasileiros não conseguem e/ou não querem, sem esquecer que essa também é uma medida eleitoreira e que há a possibilidade de parte desse dinheiro que esta indo para Cuba retornar no período das eleições em 2014.
Na verdade, o problema não é só a falta de medico, isso é só parte do problema. Quem é o profissional que quer se especializar, que aprende a fazer uma medicina de qualidade e quer voltar para o interior para exercer uma medicina medíocre que não oferece recurso nenhum para o medico exercer o que aprendeu? Quem é o profissional que aprende o que é certo e que quer iria para o interior, ainda com salários atrativos, cometer iatrogenias por falta de opção, que de plantão quando chega uma emergência tem que “jogar” o paciente dentro de uma ambulância onde na maioria das vezes não tem a mínima condição de viajar, e sai estrada a fora sem saber em que ponto do caminho aquela vida vai se acabar, sem contar que todos estão correndo risco de vida nessas viagens que não tem hora para acontecer, pois na unidade que se encontrar de plantão não tem o mínimo de condições para iniciar um primeiro atendimento? Isso não deveria ser interpretado como “arrogância” por parte dos profissionais em se recusarem a ir para o interior e sim como atitudes de coerência de não querer cometer erros por falta de recursos, recursos estes que não são adquiridos por falta de interesse por parte dos políticos.
Os médicos preferem ganhar menos e viver num lugar onde oferece melhores condições de trabalho para por em pratica tudo aquilo que aprendeu nos anos e anos de estudos. A figura dos médicos do interior deveria ser vista de outra forma, pois eles fazem o possível e o impossível para com os seus pacientes. Quem nunca ouviu falar que ainda temos colegas arriscando seus CRM’S tomando atitudes que os conselhos não permitem, como por exemplo, dentro de um bloco cirúrgico, um mesmo medico faz uma anestesia tipo raque e opera uma cesariana sem a presença de um anestesista, na tentativa de evitar transferir uma paciente para uma outra unidade distante? Mas diante do momento que estamos vivendo, sendo alvos de todas as criticas, ninguém é capaz de reconhecer tal atitude, que diria “heroica” e ilegal, pois, por exemplo, um medico não pode fazer uma cirurgia e ao mesmo tempo se responsabilizar pela anestesia, isso é ilegal. Mas na tentativa de ajudar, eles fazem, se der certo não passa de sua obrigação e se der errado serão crucificados.
Diante de toda essa situação, nós que somos profissionais responsáveis e compromissados com a vida nos sentimos extremamente agredidos pela forma como estamos sendo tratados, como estão distorcendo a imagem dos profissionais do interior que refletem em todos. Não podemos pagar pelo erro nem pela falta de compromisso de alguns, essa situação não deveria ser generalizada e as pessoas poderiam diferenciar a falsa intensão de ajudar por parte dos governantes, pois não vai ser a vinda dos médicos cubanos que vai resolver o problema da saúde do interior, não se faz mais medicina sentado atrás de uma mesa, apenas com caneta e um pedaço de papel.
Parabéns Dr. Renato, essa é a pura verdade.Se os políticos tivessem consciência e compromisso com a população nada disso estaria acontecendo.
Na verdade os médicos que chegam em nossa Cidade de Arcoverde chegam puxando uma cachorrinha é humilde com todo mundo dar bom dia boa tarde, como vai tudo bem? de repente quando se ver com um grande carrão ignora um bom dia, como vai e deixa até de responder uma pergunta feita pelo paciente, eu mesma por trabalhar em uma repartição que tem médicos é interfere nos trabalhos de muitos deles é que eles precisavam de me nossa era uma bajulação, hoje que estou aposentada poucos percebem a minha presença, na verdade se aqui tem três, quatro ou mais profissionais com a mesma especialidade eles não se unem são todos indiferente. Se for para o bem do povo Brasileiro os Cubanos que vem é permaneçam.