Após derrota nas eleições passadas, os candidatos da chapa majoritária de oposição no Estado colhem os frutos das suas articulações políticas. Tocam projetos ainda longe do eleitorado. O ex-ministro da Educação no governo de Michel Temer (MDB) e deputado federal Mendonça Filho (DEM) de alargada com a sua ida para a Fundação Lemann, organização que atua na área da educação básica, integrará um grupo de consultores seniores no Brasil e exterior.
O trabalho começa em fevereiro, quando se encerra o seu terceiro mandato de deputado federal. Ele abriu mão da tentativa de reeleição para disputar o Senado na chapa encabeçada por Armando Monteiro (PTB), que acabou derrotada. Na fundação, dividirá o tempo entre São Paulo, cidade onde fica a sede da fundação, Brasília, onde há um escritório da organização, e o Recife. Mendonça também vai ser colaborador da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Mesmo agora com o foco no terceiro setor, o democrata não pretende ficar de fora das discussões políticas. “Naquilo que eu puder colaborar nas discussões de políticas públicas no âmbito do Congresso Nacional e agora em fevereiro junto aos governos federal e estadual, estarei à disposição”, disse.
Ele esteve nessa quarta-feira (9) em uma audiência com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, para tratar da autonomia do Porto de Suape e da retomada das obras da Ferrovia Transnordestina.
NACIONAL
O ex-ministro das Cidades do governo Temer, Bruno Araújo(PSDB) também perdeu a eleição para o Senado. O tucano é presidente do PSDB-PE e recebeu ainda no final do ano passado a bênção do correligionário governador de São Paulo, João Doria, para assumir a presidência nacional do partido. As combinações para disputar o posto, portanto, devem durar pelos próximos meses,já que as eleições para a presidência da sigla só ocorrem em maio.
O senador Armando Monteiro Neto (PTB) tem alcançado pequenas vitórias no final do seu mandato no legislativo, mas permanece com o futuro político indefinido, já que deixa o posto em Brasília no fim de janeiro e ainda não divulgou qual deve ser seu destino.
De acordo com a assessoria do senador, após a conclusão do mandato, Armando “vai continuar a cumprir o papel dele como liderança de oposição, de defender os projetos e ao mesmo tempo acompanhar o trabalho do governo no sentido de que as promessas de campanha sejam cumpridas”.
Um dos principais articuladores do grupo de oposição, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) não concorreu a nenhum outro cargo. Ele teve seu pleito para disputar o governo de Pernambuco prejudicado com disputa pelo comando do MDB-PE com o deputado federal Raul Henry (MDB) e o senador eleito Jarbas Vasconcelos (MDB). Até o momento, é uma das poucas lideranças da oposição que está com os próximo quatro anos garantidos e que conseguiu assegurar a continuidade do seu clã, tendo ajudado a reeleger Fernando Filho(DEM) como deputado federal e Antônio Coelho (DEM) para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
Passadas as eleições, o senador deve se concentrar nas suas atividades parlamentares. Esta semana, teve audiências com os ministros de Infraestrutura, Tarcísio Freitas; Agricultura, Tereza Cristina; e Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, para destacar a questão da irrigação do Nordeste. “As declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de expansão da irrigação trazem ânimo para os nordestinos, especialmente para os milhares de trabalhadores do Vale do São Francisco que vivem desta atividade econômica”, destacou FBC.
Informações: Anna Tenório e Luisa Farias / JCOnline