Daniel Coelho quer candidato único de oposição no Recife em 2020

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Foto: Gleyson Ramos/Divulgação

Possível candidato a prefeito do Recife pela terceira vez em 2020, o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) defende que a oposição ao PSB tenha apenas um nome para a disputa. O objetivo, segundo ele, é de tentar polarizar o pleito ainda no primeiro turno. O parlamentar foi o entrevistado do cientista político Antonio Lavareda no programa 20 Minutos que foi exibido neste sábado (11) na TV Jornal.

Para Daniel Coelho, o fato de o DEM ter apresentado o ex-ministro Mendonça Filho e a deputada estadual Priscila Krause como candidatos em 2012 e 2016, respectivamente, dividiu o campo político de oposição aos socialistas. “Não vou ser candidato por ser candidato. Fui duas vezes, do ponto de vista político, isolado.

Neste ambiente de oposição ao PSB, a nossa divisão dificultou a ida ao segundo turno. O que quero construir é uma unidade. No ambiente mais ao centro e na centro-direita acho que precisaríamos de candidato único”, avaliou.

Nas duas eleições, Geraldo Julio (PSB) venceu. Na primeira, o socialista ganhou ainda no primeiro turno, com 51,15%, e o deputado, ainda no PSDB, ficou em segundo, com 27,65% (Mendonça, em quarto, obteve 2,25%, atrás de Humberto Costa, do PT, que conseguiu 17,43%). Já no último pleito, o atual prefeito ganhou apenas no segundo turno, com 61,30% dos votos, contra 38,70% de João Paulo (então no PT e hoje no PCdoB). Daniel Coelho havia ficado com 18,59% no primeiro turno e Priscila Krause com 5,43%.

O deputado, que é líder do Cidadania na Câmara, prevê que outra condição que pode ser favorável à oposição é o lançamento de mais de uma candidatura no campo dos socialistas. “A possibilidade de candidatura do PDT e do PSOL ajuda para o segundo turno”, disse a Lavareda. Hoje aliados do PSB tanto no governo Paulo Câmara (PSB) quanto na Prefeitura do Recife, os pedetistas podem lançar o deputado federal Túlio Gadêlha na capital.

São cotados ainda para 2020 João Campos e Felipe Carreras, pelo PSB; Marília Arraes, pelo PT; Marco Aurélio, pelo PRTB; André Ferreira, pelo PSC; e Romero Albuquerque, pelo PP.

Além do Recife, Daniel Coelho considera que a oposição deve montar uma estratégia para as maiores cidades do interior. Em 2016, aliados do PSB perderam o comando em Caruaru, no Agreste, onde Raquel Lyra (PSDB) venceu, e em Petrolina, no Sertão, onde o prefeito hoje é Miguel Coelho (sem partido). “Cabe a construção de um mapa de apoios mútuos. Um abre mão do Recife, mas recebe apoio em Jaboatão”, exemplificou. “Se não houver na oposição esse entendimento de apoios, vai perder não só na capital, mas nos municípios-chave”, afirmou.

Luciano Huck em 2022

Para 2022, segundo Daniel Coelho, o Cidadania pode ter a consolidação da candidatura do apresentador Luciano Huck, especulada também no ano passado. “Se estiver disposto a disputar a eleição de 2022, claro que a gente vai abrir conversas e, quem sabe, abrigando ele em nossos quadros. Mas é claro que é uma coisa que precisa ser construída e nós precisamos também fazer o dever de casa e posicionar bem o partido”, disse.

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