O alinhamento de Júpiter e Saturno, os maiores planetas do sistema solar, previsto para esta segunda-feira (21), tem sido chamado de “estrela de Belém” ou “do Natal” devido à proximidade com a data festiva do Cristianismo que marca o nascimento de Jesus, celebrada em 25 de dezembro. A conjunção planetária especialmente vibrante será facilmente visível no céu noturno nas próximas duas semanas.
Os últimos registros que se tem deste fenômeno datam de 1623 e 1226 e, por isso, ele é considerado raro pelos astrônomos, já que cada planeta tem um tempo diferente para girar em torno do Sol, sendo 12 anos para Júpiter, e 30 para Saturno. Entre essas duas datas, a mais similar com a conjunção atual é a do século XIII. Algo assim não era visto, portanto, há quase 800 anos. Neste caso, o fenômeno poderá ser visto, no anoitecer, a partir de praticamente toda a Terra.
— Você pode imaginar o sistema solar como uma pista de corrida, com cada um dos planetas como um corredor em sua própria pista e a Terra em direção ao centro do estádio, disse Henry Throop, astrônomo da Divisão de Ciência Planetária na sede da Nasa em Washington. — Do nosso ponto de vista, seremos capazes de ver Júpiter na pista interna, se aproximando de Saturno durante todo o mês e, finalmente, ultrapassando-o em 21 de dezembro.
A Nasa deu dicas de como conseguir ver melhor o fenômeno na próxima semana:
Encontre um local com uma visão desobstruída do céu, como um campo ou parque. Júpiter e Saturno são brilhantes, então podem ser vistos até mesmo da maioria das cidades.
Uma hora após o pôr do sol, olhe para o céu do sudoeste. Júpiter se parecerá com uma estrela brilhante e será facilmente visível. Saturno será ligeiramente mais fraco e aparecerá um pouco acima e à esquerda de Júpiter até 21 de dezembro, quando Júpiter o alcançará e eles inverterão suas posições no céu.
Os planetas podem ser vistos a olho nu, mas se você tiver binóculos ou um pequeno telescópio, poderá ver as quatro grandes luas de Júpiter orbitando o planeta gigante.
De nosso ponto de vista na Terra, os planetas gigantes aparecerão muito próximos, mas permanecerão separados por centenas de milhões de quilômetros no espaço.