Um dia após ser derrotado em disputa interna do Senado para o cargo de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) entregou o cargo de líder do governo na Casa ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Fernando Bezerra perdeu a indicação para o TCU por uma ampla margem. Obteve apenas 7 votos, contra 19 de Kátia Abreu (PP-TO) e 52 votos do escolhido, Antônio Anastasia (PSD-MG).
Nos bastidores, sabe-se que era questão de tempo para Fernando Bezerra se distanciar de Bolsonaro.
O senador não quer ver a candidatura do filho, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), a governador, em 2022, vinculada a Bolsonaro, que está sob desgaste e com alta rejeição.
Em paralelo, Fernando Bezerra não deverá disputar a reeleição para o Senado. Avalia concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados ou encerrar a carreira política se empenhando pelo filho Miguel.
Não há novidades em movimentos deste tipo por parte de políticos do Centrão. Ficam aliados ao presidente até onde dá. Quando a rejeição cresce e a vitória fica difícil aparentemente para o governo na eleição seguinte, pulam do barco.
A derrota para o TCU foi apenas o pretexto de Bezerra Coelho.