Diante do aumento no número de ataques e a iminência de novas ameaças em unidades de ensino, políticos pernambucanos têm se mobilizado em bom ritmo para solucionar de forma célere o problema. A governadora Raquel Lyra (PSDB), por exemplo, esteve na última terça-feira (18) com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília, para discutir a elaboração de políticas públicas de combate à violência em escolas públicas.
Em âmbito estadual, foi prontamente criado o canal 197 para denúncias de ataques. A ferramenta conta com saldo positivo na visão da gestora. “Registramos 358 boletins de ocorrência e apreendemos três adolescentes que praticaram atos infracionais equivalentes ao crime de terrorismo. Estamos intensificando a segurança nesses ambientes para que as nossas crianças e jovens possam se sentir mais protegidos”, afirmou a governadora após o encontro.
Alepe
Já por parte do Legislativo, partiu do deputado estadual Jarbas Filho (PSB) a solicitação para que o Governo de Pernambuco incorpore em seu plano de prevenção aos atentados nas escolas um programa de acompanhamento psicológico para crianças e adolescentes.
“Acredito que a questão da saúde mental é fundamental nessa discussão, e pode ajudar a evitar futuras tragédias e episódios de violência. É muito importante ter, para além dos profissionais da Psicologia, palestras sobre o tema como parte da grade curricular nas escolas”, apelou o parlamentar em fala exclusiva concedida ao Diario de Pernambuco.
Campo das Princesas
Procurado pela reportagem, o governo do estado antecipou, por meio da Secretaria de Educação e Esportes (SEE), as primeiras medidas a serem implementadas na tentativa de sanar o problema. A pasta informou que tem intensificado, em parceria com a Secretaria de Defesa Social (SDS), atividades e ações pedagógicas e sociais voltadas para o fortalecimento da cultura de paz nas escolas da rede estadual, entre elas, a campanha ‘Propague a Paz’.
Quanto ao requerimento de autoria de Jarbas Filho (PSB), a secretaria disse que “todas as propostas de combate à violência nas escolas estão sendo estudadas pela comissão, formada pela SEE e pela SDS, responsável pelo acompanhamento do Protocolo de Atuação Mediante Ameaças de Violência nas Unidades Educacionais de Pernambuco”.