A portas fechadas, a governadora Raquel Lyra (PSDB) fez ontem a terceira reunião de monitoramento do Juntos pela Segurança. A primeira com representantes dos diversos poderes.
Escancarou os números da violência, pediu apoio e sinalizou tomar as rédeas para tentar reverter a situação.
O encontro aconteceu no dia seguinte ao fim de semana apontado pelo Sindicato dos Policiais Civis como o mais violento do ano: 53 homicídios. Mais de 600 desde 1º de janeiro.
E no mesmo dia em que pelo menos três deputados usaram a tribuna da Assembleia Legislativa para cobrar atenção do Executivo à segurança pública.
O presidente da Casa, deputado Álvaro Porto, denunciou agressão de pré-candidato a prefeito em Quipapá e exigiu providências.
A deputada Gleide Ângelo registrou que dobrar o número de vagas no concurso da Polícia Civil – de 445 para 890 – não resolve.
E o deputado Luciano Duque reivindicou um Batalhão Especializado de Policiamento em Serra Talhada.
“Temos o enorme desafio de reverter os indicadores de violência, sobretudo de crimes contra a vida. Precisamos seguir trabalhando juntos para que cada pernambucano se sinta seguro nas ruas do nosso Estado”, ressaltou a governadora.
Para o deputado Fabrízio Ferraz, presidente da Comissão de Segurança da Alepe, o encontro foi proveitoso. “Destaco o comprometimento de todos os órgãos em trabalhar conjuntamente para que o programa siga avançando.”
Também participaram a vice-governadora Priscila Krause, secretários de Estado e representantes do Ministério Público, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que dá apoio técnico.