Líder da oposição ao governador Eduardo Campos (PSB) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) disse ao Blog de Jamildo, no início da tarde dessa quinta-feira (2), que não vai apoiar um candidato do PSB na disputa para o Governo do Estado nas eleições deste ano.
“Há um indicativo muito forte de um apoio [do PSDB] ao candidato do PSB. Mas eu já disse que não vou apoiar e não vou apoiar”, comentou, sobre a decisão do partido, divulgada na última segunda-feira (30), de aderir à gestão Eduardo e construir um palanque em duplo para Campos e para o senador Aécio Neves (PSDB) na disputa presidencial.
O deputado, que viajou por conta do réveillon, disse que ainda não discutiu como ficará a situação da bancada tucana na Alepe, que hoje lidera a oposição ao governo estadual.
Na nota da última segunda (30), o partido prometeu que manterá a independência, apesar de passar a compor a gestão do atual governador.
Os tucanos vão assumir a Secretaria Estadual de Trabalho e Emprego e o Detran, órgãos deixados vagos pelo PTB, quando saiu da gestão socialista para construir a candidatura a governador do senador Armando Monteiro. Os espaços haviam sido oferecidos há meses aos tucanos pelo governador Eduardo Campos.
Segundo fontes ouvidas pelo Blog de Jamildo, a decisão de aderir ao governo Eduardo Campos ainda não foi comunicada ao partido pelo presidente estadual da sigla, o deputado federal Sérgio Guerra. Agora em janeiro, Guerra está para fazer uma viagem e é possível que a discussão sobre o futuro da bancada e da eleição pode ficar para o retorno.
Apesar da crítica mais ácida de alguns oposicionistas, pelo menos dois tucanos garantiram ao Blog que Guerra fez questão de convidar todas as lideranças para discutir; principalmente os da oposição.
“Não se pode dizer que não havia essa possibilidade”, garante um dos interlocutores.
Com a adesão ao PSB, um dos tucanos avaliou que a chapa para deputado federal deve ser junta com a dos socialistas. Para deputado estadual, porém, o PSDB deve criar a própria chapinha para favorecer a reeleição dos nomes atuais. A quantidade de votos necessárias para eleger um tucano para a Alepe, caso eles concorressem com nomes de outras legendas poderia saltar de 30 para 40 mil.