Enquanto aparentemente cresce o acirramento entre os grupos internos do PSB que defendem a consolidação dos nomes dos secretários Tadeu Alencar (Casa Civil) e Paulo Câmara (Fazenda) como opção para a disputa pelo Governo do Estado, outros dois postulantes à indicação do governador Eduardo Campos resolveram seguir no caminho oposto dos dois “rivais”. O vice-governador João Lyra Neto e o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho devem adotar o silêncio sobre o processo de escolha como estratégia para não se contaminarem pela clima de disputa.
Os dois socialistas, que se reuniram na tarde desta quarta-feira (15), compartilharam de um certo grau de surpresa com o desenrolar da disputa entre os correligionários Tadeu Alencar e Paulo Câmara. Uma fonte do Blog da Folha, que ouviu de um dois participantes da conversa um resumo do que foi discutido, indicou que Lyra e FBC condenaram o nível de discussão estabelecido pelos auxiliares do governador Eduardo Campos.
“É tudo o que não deveria estar ocorrendo. O vice-governador e o ministro ficaram surpresos com o que está ocorrendo nos bastidores do partido, sobretudo porque o governador não aprova esse tipo de situação. Por conta disso, eles acharam melhor cada um seguir em silêncio trabalhando as suas possibilidades de serem escolhidos”, relatou a fonte.
O encontro entre João Lyra e FBC foi a primeira agenda do ex-ministro após seu retorno de Portugal, onde aproveitou alguns dias de recesso de suas atividades partidárias. Os dois “adversários” fizeram questão de colher as impressões de cada um sobre o estágio do debate sucessório no partido para ter uma noção de como deverão proceder a partir de agora.
Ambos manterão o ritmo das atividades que vinham desempenhado para se cacifar para a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas. FBC seguirá seu périplo pelo recebimento de comendas – inclusive, ele será agraciado com o título de Cidadão de Ipojuca nesta quinta-feira (16) – e João Lyra permanecerá conversando com lideranças da Frente Popular de Pernambuco com o objetivo de aferir o que os aliados esperam para o pleito que se avizinha.