Entidades comerciais e órgãos responsáveis por serviços de transporte e segurança na Região Metropolitana do Recife (RMR) já se preparam para eventuais impactos que a greve deflagrada pelos policiais e bombeiros militares do Estado possa provocar à ordem pública. A Guarda Municipal do Recife, por exemplo, estará em alerta, especialmente durante a noite, através do Grupo Tático Operacional (GTO).
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL-Recife), Eduardo Catão, por sua vez, se mostrou preocupado com a possibilidade de saques e arrastões, mas disse que os estabelecimentos comerciais já têm se precavido mesmo em períodos sem greve. “Há muitos bairros, e mesmo no Centro da Cidade, em que os donos de loja se unem e pagam seguranças particulares, inclusive durante a noite”, destaca. “Mas é claro que não saem da nossa memória as imagens de barbárie durante a greve da PM em Salvador, recentemente”, completa Catão.
Já o Grande Recife Consórcio de Transporte, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que a paralisação não afetará a operação dos ônibus nesta quarta-feira (14), nem mesmo durante a madrugada. O órgão ainda esclareceu que, mesmo com a ausência de policiais militares dentro de alguns terminais, a ordem será garantida por seguranças terceirizados, que atuam nesses pontos independentemente da ação de PMs.
A mesma resposta foi dada pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que garantiu estar preparada para assegurar a integridade dos usuários do metrô, inclusive com a possibilidade de pedido de reforço na segurança.
Por outro lado, os principais shoppings da RMR, em contato com a reportagem do portal FolhaPE, disseram não ter providenciado nenhum esquema de segurança diferenciado. Já a Secretaria de Defesa Social não quis se pronunciar sobre o assunto.