Foto: Antônio Cruz/ABr
Pré-candidato à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirmou na manhã desta segunda-feira (19), em entrevista à Rádio JC News, do Recife, que sonha em ver um general comandando o Ministério da Educação para colocar disciplina nas escolas públicas do País.
“O meu sonho é botar no MEC um general que tenha comandado um colégio militar. É essa a filosofia que, no meu entender, tem que ser colocada em escolas públicas”, afirmou o deputado, famoso pelas causas polêmicas.
“O Lula e a Dilma podem botar guerrilheiros, gente que matou gente, que sequestrou e roubou na frente de Ministério”, criticou Bolsonaro, ao ser questionado sobre a polêmica da proposta.
O deputado citou como exemplo uma escola do Distrito Federal que colocou policiais militares para ajudar na disciplina escolar.
“Os pais estão vibrando. Porque o moleque está chegando [na escola]. Levando as coisas para o professor. Entra na sala de aula. Chama a professora de senhor (sic). Canta o hino nacional”, explicou.
“E se tem respeito durante o intervalo. Acabou aquela algazarra, aquela bagunça toda que tinha lá. Porque a molecada está crescendo uma geração sem freios”, defendeu.
Ouça a íntegra da entrevista no site da JC News.
Conhecido também pelas polêmicas envolvendo a causa LGBT, o deputado criticou ainda a proposta de algumas escolas do Rio de Janeiro de transformar o Dia das Mães no Dia do Cuidador, com a justificativa de incluir outras configurações familiares.
“Não existe mais Dia das Mães com o PT no governo. A mãe passou a ser uma cuidadora. A mãe no Brasil passou a ser chupim. Aquela que bota ovo no ninho do tico-tico”, disse.
MAIORIDADE PENAL – Na entrevista, Bolsonaro defendeu ainda a revogação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a redução da maioridade penal. “Num universo de mil crianças, duas são bandidas. Agora, você acaba prejudicando 998 para beneficiar duas”, afirmou.
“Eu prefiro as cadeias cheias de vagabundo, que sejam de 16 ou 17 anos, do que cemitério cheio de inocente. E tem que ser por aí. O ser humano só respeita o que ele teme”, defendeu.
Para o deputado do PP, os adolescentes tem discernimento do que estão fazendo na hora de violar a Lei.
“Quer ver uma coisa? Eles não roubam nada, não sequestram, não matam e não estupram na favela. Porque lá tem pena de morte”, argumentou.