*Por José Ivan de Lima

Chegou como um sonho de rio caudaloso e útil. Um rio sem poluição e ótimo meio de transporte para o futuro. No começo era como um riacho que nascia entre as pedras, correndo tímido como um simples filete de água querendo avançar e crescer.

Ao longo da viagem, encontrou pedras no meio do caminho, mas nenhuma delas foi implodida ou removida pela força. Todas desapareceram da paisagem democraticamente, pois foram encobertas pelo volume crescente do rio Paulo Câmara. Foram sufocadas pelo enorme manancial de votos presentes no mesmo. Hoje é um rio caudaloso, forte e respeitado.

Tem muitos afluentes desembocando nele, inclusive um chamado comoção. Por esse correram as lágrimas de quem chorou a perda violenta e trágica de Eduardo Campos. Mas o Rio Paulo Câmara não é só de comoção, é principalmente de um projeto bem sucedido de continuidade política e administrativa, de transferência pela vontade do povo da responsabilidade de conduzir os destinos de Pernambuco, nos difíceis anos que virão. De liderar a caminhada em busca de um desenvolvimento ainda maior.

De construir melhores condições de vida para o povo pernambucano. Um novo líder para o lugar do que se foi prematuramente. Não foi só comoção, foi acima de tudo coração e mentes, foi também a ressurreição política de um Estado de grande tradição em lutas e enfrentamento de adversidades, que estava dobrado sobre si pela dor e pela incerteza no futuro.

O povo de Pernambuco livrou-se do sentimento de orfandade política, a vida continua e com ela o retorno de muitas esperanças. O legado de Eduardo Campos não é apenas uma frase, mas um norte, um destino que ele traçou para o nosso estado e que o povo deseja alcançar. Viva o rio de povo! Viva o rio da vitória! Viva o rio Paulo Câmara! Viva o novo Governador de Pernambuco!

José Ivan de Lima é professor e presidente da Câmara de Vereadores de Sertânia