A Justiça Eleitoral investiga uma possível fraude à cota de gênero dos partidos AGIR e PSDB de Escada, nas eleições municipais deste ano.
O Ministério Público Eleitoral aponta que, quando finalizada a campanha no município, recebeu várias representações extrajudiciais as quais informaram que as candidatas Miriam Lima dos Santos e Nilza Maria dos Santos, ambas do AGIR, bem como Ladjane Patrícia da Silva, do PSDB, não concorreram de fato na Eleição 2024.
De acordo com o MPE, “as candidatas não fizeram atos de campanha, de modo que não buscaram os votos dos eleitores, cogitando a hipótese de candidaturas fictícias, ou seja, candidaturas apresentadas apenas para preencher a cota de gênero e, com isso, possibilitar a participação dos partidos”.
Não foram encontrados santinhos para panfletagem, papéis e adesivos para bens particulares, adesivos para veículos, anúncios em jornais ou distribuição de qualquer material gráfico.
Consultado o resultado final da apuração eleitoral, viu-se que:
Mirian Lima dos Santos obteve zero voto;
Nilza Maria dos Santos recebeu quatro votos;
Ladjane Patrícia da Silva obteve apenas três votos.
Dentre as denúncias protocoladas no MPE, destacam-se as realizadas por Josué Borges Leandro e Edmilson Correia de Souza, ambos candidatos ao cargo de vereador pelo Partido AGIR, e também investigados na presente ação, os quais confessaram ter contribuído diretamente para a fraude realizada à cota de gênero do referido partido, ao “comprarem” a candidatura de Miriam Lima, que por sua vez teria recebido a quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais)
Posicionamento
Nossa equipe de reportagem tentou um posicionamento oficial dos partidos sobre o que está sendo denunciado, mas não conseguiu um retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
Informações: Blog do Magno