A bancada de oposição (PSB e PSOL), em articulação com a federação PT, PV e PCdoB, e o partido Solidariedade, que atuam na chamada bancada independente, conseguiram adiar a votação sobre a manutenção dos pareceres que rejeitaram o Projeto de Lei Complementar Nº 712/2023, apresentado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), concedendo reajuste do piso salarial a apenas parte dos professores do Estado.
A proposta havia sido rejeitada no mérito nas comissões de Finanças e Educação da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na semana passada, e a base governista agora tenta evitar o arquivamento da matéria.
O Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado (Sintepe) alega que mais de 52 mil profissionais ficarão sem reajuste caso o governo do Estado aplique a proposta da forma como está apresentada.
A manobra regimental para obstruir a votação do Requerimento Nº 734/2023, apresentado pelo líder do governo Izaías Regis (PSDB), que se fosse aprovado permitiria que o projeto do piso salarial fosse discutido em plenário, foi utilizada pelos parlamentares para ganhar tempo, já que há uma mesa de negociação entre os profissionais da Educação e o Executivo marcada para esta quarta-feira (21).
Durante a sessão plenária, realizada nesta segunda-feira, os profissionais da educação lotaram a galeria da Alepe, manifestando-se contra a aprovação do projeto de lei e pedindo para que o governo retirasse o requerimento de pauta.