A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) lançará, nesta sexta-feira (10), o ‘Selo Alepe Antirracista’ que visa demarcar todas as ações do Poder Legislativo em relação ao tema que passam a ser realizadas permanentes. O lançamento acontece no encerramento da 1ª Jornada Alepe Antirracismo, iniciativa pioneira em relação às demais assembleias do país.
Dentre as primeiras ações que trarão o selo da Alepe está um curso de letramento antirracismo, com duração de seis meses, voltado para servidores da Casa, que lidam com atendimento ao público, e para a população em geral. Serão 120 vagas divididas em duas turmas com inscrições gratuitas a serem anunciadas em breve pela Escola do Legislativo (Elepe).
Racismo monitorado
O ‘Selo Alepe Antirracista’ também assinará o lançamento de livros, apoio a grupos e movimentos culturais, cujas atividades estão voltadas para o tema, e o projeto de construção de indicadores, a partir do acompanhamento de denúncias de racismo no Estado, que será feito por uma estrutura a ser montada na Alepe.
“Esse selo antirracista é uma marca que será usada permanentemente. A Alepe se compromete em estar nessa luta, que é uma luta mundial. Em todas as atividades para a questão antirracista e a causa negra a Casa usará o selo”, explicou o superintendente geral da Assembleia Legislativa, Isaltino Nascimento.
Além do lançamento do ‘Selo Alepe Antirracista’, será entregue nesta sexta (10) aos familiares da ativista da causa negra, Marta Almeida, uma placa e a cópia do Projeto de Lei que cria a medalha em homenagem à coordenadora do Movimento Negro Unificado em Pernambuco. O projeto foi aprovado nesta terça-feira (07) na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia.
A proposição da medalha, uma iniciativa da Mesa Diretora da Alepe, tem por objetivo homenagear pessoas físicas e jurídicas que atuam no combate ao racismo. Marta Almeida é uma ex-militante histórica do movimento negro pernambucano que faleceu aos 43 anos em setembro deste ano.