Assim como no resto do País, Pernambuco vivencia uma situação mais branda este ano em relação à incidência de dengue, com queda de até 72% no registro de doentes. Mas o prognóstico, considerando o nível de infestação das casas pelo Aedes aegypti, está longe da tranquilidade. Nada menos que 57 municípios – 30% de todos – têm alto risco de desenvolver epidemia a qualquer momento, segundo análise divulgada na última terça-feira pelo Ministério da Saúde.
Recife está entre as 17 capitais também sob ameaça de uma nova explosão de casos, embora numa situação mais confortável que outras cidades da Região Metropolitana (2,6% de infestação das casas). A primeira morte pela doença confirmada este ano é de um morador de 65 anos de Jaboatão, em janeiro, vítima da forma hemorrágica.
Sertânia está no topo da lista de cidades com maior índice de focos do mosquito nos domicílios. Lá, 21,3% dos imóveis têm Aedes na forma de larva. A maioria das cidades com mais de 3,9% das residências infestadas localiza-se justamente na área da seca que se arrasta há três anos. A situação ideal é ter menos de 1% dos imóveis com Aedes aegypti, mas apenas 12% dos municípios estão nesse estágio.
Dos 665 doentes suspeitos registrados este ano no Estado, 80 tiveram a doença confirmada, sendo quatro deles com a forma grave (Jaboatão, Pombos, Caruaru e Serra Talhada). Na área metropolitana, Jaboatão contabiliza 98 suspeitas, Recife 48 e Olinda 37. O vírus 3, que causou a grande epidemia de 2002, já foi isolado.
Informações: JCOnline