Após anos na Frente Popular, Bezerra Coelho entrou na eleição deste ano na oposição ao PSB, partido este que abriga o candidato à reeleição Paulo Câmara (PSB). Rachado com o partido desde o ano passado, quando deixou a legenda e se filiou ao (MDB), ele passou a apoiar o nome do também senador Armando Monteiro Neto (PTB) ao Governo de Pernambuco.
Entretanto, se o cargo de liderança do governo continuar com o senador pernambucano, as consequências poderão respingar em Armando. Isto porque, a nova responsabilidade atingirá um dos discursos mais rejeitados pelo candidato a vaga no Palácio das Princesas, que vem tentando descolar do seu bloco, o rótulo de “chapa de Michel Temer”. A reportagem do JC entrou em contato com o candidato ao governo pela chapa Pernambuco Vai Mudar, mas não obteve retorno.
Mesmo buscando alternativas para a fuga, Armando está coligado com partidos que articularam o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, como PSDB e DEM, e a candidatos que ocuparam cargos de primeiro escalão do governo do presidente Michel Temer. Entre eles, a do deputado federal Mendonça Filho (DEM), que no governo Temer comandou o Ministério da Educação até abril deste ano.