O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Waldemar Borges (PSB), rebateu as declarações do deputado federal Silvio Costa (PSC) de que a disputa no PSB pela indicação para disputar o Governo do Estado tem como base a lealdade ao governador Eduardo Campos (PSB) e não qual é o melhor projeto para o Estado. Em resposta, o socialista afirmou que a postulação do senador Armando Monteiro Neto (PTB), defendida pelo social-cristão, é uma candidatura que “há dez anos está à procura de um projeto”. O deputado estadual rechaçou ainda a provocação de Silvio de que o escolhido de Campos irá “despachar em Dois Irmãos”, referindo-se ao bairro onde reside o chefe do Executivo.
“Nós temos projeto com várias possibilidades de candidaturas a altura, e ele (Silvio) está dentro do contexto de uma candidatura que há mais de dez anos procura um projeto. Ele é muito rápido para apontar o dedo para os outros, mas lento para apontar o dedo para o próprio umbigo”, disparou Borges. O socialista ainda provocou que Armando Monteiro Neto tentou se colocar como candidato de Eduardo, inclusive, “em Dois Irmãos”.
Waldemar Borges avaliou que encontra incoerência no projeto petebista, justamente por ter tentado se viabilizar na Frente Popular, porém acabou se tornando uma candidatura de oposição ao projeto de Eduardo Campos junto com o PT. Outra incoerência apontada pelo deputado é a parceria com o PT, pois os petebistas romperam com a gestão do então prefeito recifense João da Costa, em 2011, e foi o então presidente nacional da legenda, Roberto Jefferson, que denunciou o caso do mensalão, pondo o Governo Lula na berlinda. O líder governista considera que a “incoerência” da aliança deve ser o motivo de o senador ter “empacado” nas pesquisas de intenção de votos.
“Essa nova tentativa de procura de projeto está enfrentando dificuldades porque todos sabem que o partido dele (Armando Neto) deixou o PT na última gestão dos petistas no Recife, logo no primeiro minuto do começo do jogo. E, no plano nacional, todo mundo sabe que, na hora em que as coisas começaram a apertar, quem ficou do lado de Lula e quem não ficou. É difícil, nesse contexto, ele se apresentar como porta voz do petismo. Talvez por isso a candidatura esteja a tantos meses colocada e empacada nas pesquisas”, disparou.