Nesta quinta-feira (8), o Sistema Integrado Adutora do Agreste-Moxotó voltou a funcionar, em fase de testes, depois do retorno do bombeamento das águas do canal do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco para a Barragem do Moxotó, localizada em Rio da Barra, distrito de Sertânia. O processo estava suspenso há um mês para que o Ministério do Desenvolvimento Regional pudesse realizar ajustes operacionais no sistema.
A notícia foi anunciada hoje pelo presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares, depois de receber a informação de que a água já havia começado a chegar no reservatório e de que o primeiro dos quatro conjuntos de bombas do sistema já está em funcionamento.
A expectativa é de que, a partir do próximo domingo (11), a Compesa retome o abastecimento de Arcoverde, Belo Jardim e Sanharó, já com uma produção de 200 litros de água por segundo – a vazão máxima desse sistema é de 450 litros por segundo.
Segundo Roberto Tavares, o governador Paulo Câmara, assim que foi informado sobre o retorno do funcionamento do canal do Eixo Leste da Transposição, pediu para que os técnicos da Compesa realizassem um mutirão para que o sistema voltasse a operar com carga total o mais breve possível. “Os quatro conjuntos de bomba voltarão a funcionar com carga máxima quando a barragem de Moxotó atingir 30% da sua capacidade total, de 1 milhão de metros cúbicos, o que deverá ocorrer nos próximos dias”, explicou Roberto.
Depois de Arcoverde, Belo Jardim e Sanharó, a Compesa planeja retomar o fornecimento de água por esse sistema para os municípios de Alagoinha, Pesqueira, Tacaimbó e, posteriormente, São Bento do Una, que são as cidades já atendidas pela integração da Adutora do Agreste-Moxotó. “A retomada da operação do sistema precisa ser lenta e gradual a fim de evitar estouramentos na adutora, que tem 240 quilômetros de extensão”, contou Roberto Tavares.
Quando o Sistema Adutora do Agreste/Moxotó estiver com operação equilibrada, a Compesa anunciará o novo calendário de distribuição de água para as cidades .“Iremos atender melhor essas sete cidades com o reforço das águas do Rio São Francisco. Outras duas cidades, São Caetano e Brejo da Madre de Deus, ainda serão integradas nos próximos meses a esse sistema, totalizando nove cidades contempladas, explica o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Denis Mendes.
O presidente da Compesa lembra que o sistema surgiu de uma demanda do governador Paulo Câmara, que estava preocupado com as tubulações assentadas da Adutora do Agreste que não teriam funcionalidade sem o Ramal do Agreste, obra em execução pelo Governo Federal. “Ele pediu estudos à Compesa e os nossos técnicos encontraram a solução para permitir o funcionamento da Adutora do Agreste com água do rio São Francisco já disponível no Canal do Eixo Leste da Transposição. Com essa iniciativa, o Governo do Estado conseguirá beneficiar 400 mil pessoas ao final da operação do sistema”, finalizou Tavares.
Informações: Diário de Pernambuco