Enquanto São Paulo já confirmou o adiamento do carnaval de 2021 e a Bahia já cogita a possibilidade, a realização dos festejos de Momo ainda segue sem definição em Pernambuco. O governo do estado está aguardando um prazo maior para tentar visualizar um cenário com uma definição melhor sobre a pandemia do coronavírus. Porém, por outro lado, entende que a definição não poderá se estender muito, já que precisa avaliar o prazo que o setor consegue aguardar para garantir a viabilidade econômica. Para isso,uma reunião será realizada na próxima segunda-feira. O que é certo, até o momento, é que o carnaval não será realizado nos moldes que acontece atualmente em Pernambuco se não houver uma vacina para a Covid-19 disponível.
O setor de eventos deve ser flexibilizado de forma escalonada. “Os eventos sociais serão os primeiros e estamos estudando para ver se conseguimos reabrir em um mês, como casamentos e festas de 15 anos. Depois tem os congressos híbridos, que possam reunir poucas pessoas e mesclar com a questão virtual”, explicou Rodrigo Novaes, secretário de Turismo de Pernambuco. Porém, os eventos de grande porte ainda não têm previsão para que possam voltar a acontecer. Uma realidade não apenas de Pernambuco, mas do mundo todo, e que coloca em xeque o carnaval do estado.
“Alguns estados anunciaram o adiamento do carnaval, nós temos nosso prazo e nosso planejamento, não queremos falar disso agora porque ainda é cedo para a realidade de Pernambuco. Temos alguns meses, então estamos aguardando até o prazo que entende que pode ser utilizado para anunciar uma previsão”, afirmou o secretário. Ele pontou que as festas carnavalescas são realizadas pelos municípios, mas que o governo dá apoio com as atrações artísticas, com edital que costuma ser lançado em dezembro. “Para o poder público, teríamos até dezembro para falar sobre isso, mas a gente compreende que o carnaval envolve todo um setor que precisa de resposta. Então não vamos aguardar até dezembro, a gente precisa dar uma sinalização antes. Marcamos uma reunião com representantes do setor de eventos para entender qual é a data possível que eles têm para não comprometer os eventos que eles têm planejado”, acrescenta.
Segundo Rodrigo Novaes, a decisão será tomada levando em consideração as questões sanitárias e de segurança. “A gente quer que o carnaval aconteça, evidentemente, mas ninguém vai tomar uma medida como essa se não houver segurança. Se não houver uma perspectiva segura, vai ter que cancelar. Estamos aguardando um pouco mais para ver se temos uma previsão melhor”, diz. No entanto, se o cenário atual em relação à pandemia não melhorar, nenhum evento com grande aglomeração será possível de ser realizado. “Nos moldes que a gente sempre brincou carnaval, não acontecerá, só se existir uma vacina. Então temos que analisar se existem formatos que comportem essa realidade de convivência com o coronavírus”, conclui o secretário.