Com a corda toda!

  * Divane Carvalho

Cercado de ressentidos por todos os lados e ainda tendo que administrar os sem noção e uma dúzia e meia de inconformados, Eduardo Campos (PSB) segue firme na sua meta de renovar os quadros políticos em Pernambuco.

Depois de eleger Geraldo Júlio prefeito do Recife, derrotando o PT que há 12 anos comandava a cidade, passando por cima dos incrédulos e administrando conflitos de todos os tamanhos, o governador repete a dose e escolhe Paulo Câmara para disputar o Governo de Pernambuco.

É mais um técnico, como o prefeito, que nunca disputou uma eleição majoritária. Nem proporcional, vale ressaltar. Mesmo assim o governador acredita que ele será capaz de fazer uma boa administração e oxigenar a atividade política em Pernambuco junto com Geraldo Júlio e vários outros nomes novos que se preparam para disputar vagas na Assembléia Legislativa de Pernambuco e na Câmara dos Deputados, em Brasília.

A escolha de Paulo Câmara repercute muito! Positivamente e negativamente, claro, mas o neto de Arraes tem confidenciado aos mais próximos que ninguém deve se assustar com isso porque, o importante, é colocar na roda pessoas que podem inovar na maneira de governar.

Não é de hoje que ele prega renovação. Desde que foi eleito governador, em 2006, mostrou, na prática, que é possível sim renovar e formou uma equipe com vários técnicos – a maioria proveniente do Tribunal de Contas do Estado – que não eram conhecidos do distinto público o que deixou muita gente intrigada, digamos assim, com a ousadia do socialista.

Agora, encerrando seu segundo mandato e na maior empolgação para disputar a Presidência da República, Eduardo Campos continua insistindo na tecla renovação e já avisou: é preciso eleger Paulo Câmara no primeiro turno.

Tem gente duvidando, é normal. Mas para quem elegeu Geraldo Júlio prefeito; tirou Jarbas Vasconcelos (PMDB) do caminho da reeleição para o Senado; não deu ouvidos aos choramingos de Inocêncio Oliveira (PR), que sonhava com a vaga de vice-governador e faz de conta que não sabe da mágoa de João Lyra (PSB), que assume o governo em abril mas não pode disputar a reeleição, não será impossível fazer o sucessor.

Até porque Eduardo Campos dorme e acorda com pesquisas e elas há tempo estão dizendo que os eleitores não aguentam mais os políticos que só querem o venha a nós e estão pouco se lixando para os anseios da população. Então, o governador tem mais é que seguir em frente com sua determinação de formar novos quadros no Estado, sem se preocupar com os invejosos de plantão.

* Jormalista

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