Em meio a um surto de hepatite, a cidade de Manari, no Sertão Pernambucano, é um dos seis municípios com piores índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) do país que não aderiu ao programa Mais Médicos, do governo federal.
Com 18 mil habitantes, a cidade tem o pior IDH de Pernambuco. No município pode-se encontrar postos de saúde onde não há médicos todos os dias, informações de mortes de crianças até um ano de idade e uma escola onde 14 crianças haviam contraído hepatite A.
A coordenadora interina da Atenção Básica de Saúde, Marília Carla de Oliveira, afirmou que “não existe a necessidade de solicitar [Mais Médicos]”. “Profissionais a mais não fariam diferença, pois a escala de médicos da saúde básica está completa”, diz ela.
A secretária de Saúde, Sibele Monteiro, se manifestou em nota. Segundo ela, “o município ainda não aderiu ao Mais Médicos pois estávamos negociando com os brasileiros mesmo”. O programa é aberto a inscrições de profissionais brasileiros e formados no exterior. “Mas como está difícil encontrarmos, estamos pensando, sim, em aderir ao programa”, informou.
Para o atendimento básico, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que existem três médicos para quatro postos, mas que serão construídas mais quatro unidades.
Segundo a secretária, no entanto, o Ministério da Saúde poderia ajudar mais o município “na liberação de equipamentos, remédios, exames”. Sobre o surto de hepatite, ela diz que todos os casos estão sendo acompanhados por equipes de saúde da família e que aguarda laudos sobre possível contaminação da água no povoado de Cercadinho.
G1