
A derrubada das árvores que ficavam ao lado da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Sertânia, tem gerado um grande debate nas redes sociais e nas rodas de conversas. Fala-se em crime ambiental, como também há quem defenda a ação, já que as raízes das árvores estariam danificando a estrutura da Igreja.
Em fevereiro deste ano a Paróquia Nossa Senhora da Conceição fez um comunicado de que as celebrações de Igreja Matriz de Sertânia estariam suspensas em decorrência de problemas estruturais no prédio. A interdição teria sido por orientação bispo diocesano, já que laudos técnicos confirmaram a gravidade do problema colocando em risco a segurança dos fiéis.
Desde então, o grande debate foi em torno do que teria ocasionado as rachaduras no prédio. Entre as possíveis causas, estaria as raízes das árvores plantas há décadas ao lado da Igreja.
Segundo informações colhidas pelo Blog, a derrubada das árvores ocorreu depois de representantes da Paróquia terem ouvido diversos posicionamentos contra e a favor da retirada das árvores, tais como arquiteto, agrônomo, engenheiro civil, engenheira ambiental e Defesa Civil. Um dos depoimentos que pesou na decisão teria sido o da engenheira ambiental indicado que as raízes das árvores estaria, de fato, danificando a estrutura da edificação, porém sem apresentação de laudo técnico, o que que está gerando questionamentos das pessoas que defendiam a espera de um laudo sobre o caso para a tomada de uma decisão.
Diante de toda a polêmica em relação as árvores, os olhares também devem se voltar sobre como o patrimônio artístico e cultural da Igreja vai ser tratado.
Um alerta foi dado pelo professor de História João Lúcio, fez uma postagem em sua rede socia demostrando sua preocupação com o patrimônio histórico contido no teto da Igreja. ”Infelizmente o medo que faz é a falta de acompanhamento técnico, de especialista em preservação do patrimônio cultural e artístico. O forro de gesso da igreja de Nossa Senhora da Conceição foi pintado pelo artista sumeense Miguel Guilherme, chamado por muitos de “Michelangelo do Sertão”, por ocasião do centenário da igreja, a pedido de Monsenhor Urbano”, escreveu o professor João em sua postagem.


