Por Marcelo Montanini
Da Folha de Pernambuco
A presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcam, nos dias 13 e 14, no Recife, onde cumprem agenda política visando à pré-campanha. Apesar de a agenda dos petistas estar sendo finalizada, a previsão é de que eles se reúnam com correligionários e aliados em um jantar reservado, no dia 13 à noite, e, no dia seguinte pela manhã, realizem uma plenária na Capital pernambucana, em local ainda indefinido.
De acordo com a presidente estadual do PT, deputada estadual Teresa Leitão, a agenda, que, anteriormente, estava sendo organizada no Interior, “vai ficar para outro momento”, assim como a agenda administrativa, que estava sendo estudada para ocorrer no dia 13. Em princípio, Lula, que retornará ao Estado após três anos, viria apenas no dia 14 participar do ato político, porém, agora, chegará junto com Dilma, no dia 13, à noite.
No Recife, o grupo, que está organizando a agenda dos petistas avalia a possibilidade deles fecharem o projeto Pernambuco 14, liderado pelos pré-candidatos ao Governo de Pernambuco, senador Armando Monteiro Neto (PTB), e ao Senado, deputado federal João Paulo (PT). O projeto está previsto para ser realizado na Região Metropolitana, nos dias 9 e 14. Contudo, independente do evento, ele terá de ocorrer em local fechado, por causa das limitações impostas pela Legislação Eleitoral.
A visita de Dilma a Pernambuco é estratégica para a pré-campanha da petista, que quer demarcar território na área do ex-governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB). Local, inclusive, que divide as intenções de voto – 40% a 39% a favor de Campos -, segundo a pesquisa Ibope, contratada pelo Diretório Nacional do PTB e divulgada, ontem, pela Folha de Pernambuco. Em paralelo, fortalece o palanque de Armando Neto e João Paulo.
A presidente cancelou, na última semana, duas agendas administrativas – inauguração da Via Mangue, na Capital, e do Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru -, que cumpriria, hoje, no Estado. No entanto, uma suposta articulação política para tirar força do seu palanque fez a Presidência mudar os planos. Apesar de a especulação sobre a possibilidade de Dilma inaugurar o Hospital durante esta visita, Teresa negou. “Essa atividade administrativa será combinada com o governador João Lyra Neto (PSB)”, disse Teresa.