Depois de Aécio Neves, o candidato socialista ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos, estará nesta terça na bancada azul metálica da TV Globo para ser entrevistado ao vivo por William Bonner e Patrícia Poeta.
Diferentemente do que ocorre com a cobertura regular do telejornal no dia-a-dia, os entrevistadores são bastante incisivos. Em 2010 já foi assim. Pior para Dilma, que tem dificuldades de expressar os próprios pensamentos, quando não está lendo um texto escrito por um marqueteiro.
De acordo com a coluna Painel, o PSB fez as contas: os 12 minutos que Campos terá hoje no “Jornal Nacional” equivalem a todo o seu tempo durante duas semanas no bloco noturno do horário eleitoral. O desafio é não passar a maior parte da entrevista na defensiva.
Questionado sobre eventuais semelhanças entre o PT e o PSDB no que se refere a escândalos de corrupção, Aécio Neves foi categórico: “Eu acho que a diferença é enorme. No caso do PT, houve uma condenação pela mais alta Corte brasileira. Estão presos líderes do partido, pessoas que tinham postos de destaque na administração federal, por denúncias de corrupção. Eu nunca torci para ninguém ser preso, sendo aliado ou adversário, apenas torcia sempre e esperava que a Justiça se manifestasse.”
Aécio Neves disse acreditar que, independentemente do partido, denúncias consistentes devem ser investigadas. “O que eu posso garantir é que, no caso do PSDB, se eventualmente alguém for condenado, não será, como foi no PT, tratado como herói nacional, porque isso deseduca”.