O PSB, presidido pelo governador Eduardo Campos (PE), apresentou ontem documento em que propõe a realização de plebiscito para a reforma política em outubro de 2014, simultaneamente à eleição presidencial.
A tese contraria a agenda da presidente Dilma Rousseff e do PT, que pretendem antecipar a consulta popular. Em reunião realizada no Recife, a sigla também propôs o fim da reeleição, com coincidência de mandatos de cinco anos. Outra proposta que consta do texto dos correligionários de Eduardo Campos é o fim das coligações proporcionais.
Os dois itens também estão na contramão do desenho de reforma pretendido pelos petistas, que dá prioridade ao voto em lista e ao financiamento público. A revisão do pacto federativo também foi incluída no documento.
DESCOLADO – A Folha apurou que Eduardo Campos pretende, com o documento aprovado ontem, marcar posição sobre temas da reforma política sem questionar o mérito do plebiscito defendido pelo Palácio do Planalto. Eduardo, que integra a base de sustentação ao governo Dilma, também deseja evitar alinhamento automático a Aécio Neves (PSDB) e outros líderes da oposição, que recusam, pelo menos por ora, diálogo com a presidente.
Informações da Folha de S.Paulo