O governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) disse na tarde desta segunda-feira (11) ao Programa do Jô,da TV Globo, que considera “muito” o número atual de 27 secretários estaduais e anunciou uma redução no número de pastas.
“Nós vamos estar reduzindo”, afirmou durante a entrevista, que vai ao ar na madrugada desta segunda para terça. Mais tarde, aos jornalistas que acompanharam a gravação, disse que o assunto está sendo discutido.
“Nós fizemos um projeto de lei que cortou os cargos comissionados e até 20 de novembro devemos fazer um ajuste”, afirmou o governador, possível candidato a presidente da República pelo PSB.
Uma das principais críticas da oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff é o número de ministérios (39). No último dia 6, em entrevista ao grupo RBS, a presidente contestou as críticas.
Campos disse não considera estranho cortar secretarias a um ano das eleições. “Quando a gente chegou a gente teve de estruturar o estado dentro de uma determinada visão”, afirmou.
Ele ressaltou preocupação com a inflação e o “resgate da credibilidade” dos fundamentos macroeconômicos. “Não está tudo feito, como alguns dizem, de que está tudo bem, nem está tudo uma desgraça. Estamos em uma encruzilhada. Ou a gente vai pensar a próxima década e cuidar do que construímos nos últimos anos ou a gente vai assistir muitos dos que foram incluídos descerem as poucas escadas que subiram.”
O pré-candidato também pregou a necessidade de reforma política e do Judiciário. “Acho que a gente precisa rever algumas coisas do Judiciário no Brasil. Acho que a gente precisa discutir se é o caso de, no século 21, termos ministros vitalícios. Acho que podemos ter mandatos. O juiz precisa de estabilidade para cumprir seu papel, mas não necessariamente juiz vitalício. Não podemos ficar com o Código Penal quando envolve corrupção com os mesmos trâmites de quando é uma questão que não envolve dinheiro público”, afirmou.
Aliado de Marina Silva – que ingressou no PSB depois que a Justiça Eleitoral negou registro à Rede, partido que fundou –, Campos afirmou que a discussão sobre quem será o candidato a presidente pelo partido deverá ocorrer apenas em 2014. “Nossa decisão é que vamos estar juntos”, afirmou.
No início da entrevista, diante da insistência do governador em olhar para as câmeras, Jô Soares pediu que ele não se preocupasse, o que arrancou risos da platéia. “Olhe para mim porque senão parecem dois cegos conversando”, observou. Após a entrevista, Campos teve uma reunião com empresários do agronegócio em um hotel em São Paulo.
Informações: G1