Seis pessoas foram levadas para a Delegacia de Araripina, no Sertão de Pernambuco, durante uma operação realizada pela Polícia Civil e a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), na quinta-feira (6). Durante a ação, foram identificadas irregularidades no consumo de energia em 12 indústrias no Sertão do Araripe. A região é responsável por mais 90% da produção nacional de gesso. Uma das pessoas detidas continua presa.
A ação aconteceu simultaneamente, nos municípios de Araripina, Trindade e Ipubi, e, segundo a Celpe, recuperou mais de 500 mil quilowatts/hora de energia elétrica. O volume recuperado seria suficiente para abastecer, por exemplo, uma cidade com 2.000 habitantes pelo período de um mês.
Durante a operação, foram flagradas e desativas fraudes de energia. Em uma das fábricas, foram constatados indícios de que, além de cometer o furto, o proprietário ainda comercializava ilegalmente a energia furtada para outras indústrias da região. Segundo a Celpe, as irregularidades encontradas vão desde a conexão direta na rede elétrica da concessionária, até o fornecimento indevido para terceiros por parte das empresas.
Nos casos das indústrias autoreligados, a concessionária retirou a rede elétrica para evitar o risco de o cliente promover uma nova ligação fraudulenta. Além de efetuar a cobrança dos valores devidos de energia, a distribuidora formalizou notícia-crime junto à Delegacia de Araripina, para a aplicação das sanções previstas em lei.
O desvio de energia e demais irregularidades estavam sendo monitorados pela área de inteligência da companhia e a ação constatou as suspeitas. A operação de combate ao furto de energia contou com a participação de um efetivo de, aproximadamente, 40 pessoas, entre profissionais da Celpe, policiais civis e peritos criminais.
A Celpe informou que permanece realizando o monitoramento da rede elétrica e lembra que o furto de energia é crime sujeito às penalidades do artigo 155 do Código Penal Brasileiro. Além de acarretar prejuízos à população, a prática representa riscos de acidentes graves. Em caso de denúncias, os clientes podem entrar em contato pelos canais de atendimento da concessionária, sem a necessidade de identificação.
Informações: G1 Petrolina