O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) propôs um aumento de 14,13% nas passagens de ônibus, no Grande Recife. Se fosse aceito, o reajuste faria com que o anel A passasse de R$ 3,45 para R$ 3,90; o B, de R$ 4,70 para R$ 5,35 e o G, de R$ 2,25 para R$ 2,55. O governo do estado disse, por meio de nota, que o aumento é “inaceitável”.
Nesta segunda-feira (13), a Urbana-PE afirmou que encaminhou ao Grande Recife Consórcio de Transporte um estudo para “realinhamento tarifário”, considerando os custos e receitas previstos para 2020.
Para justificar a proposta, as empresas afirmam que o sistema de transporte público vem sofrendo redução de 5,42% no número de passageiros pagantes em relação à planilha de recomposição de 2019 e que, considerando os últimos 6 anos, a queda foi de 30%. A previsão de diminuição para 2020 é de 4%, segundo o sindicato.
A Urbana-PE disse, ainda, que, em 2019, houve aumento de 4,66%, 12,83% e 19,73% nos custos com pessoal, veículos e combustível, respectivamente.
Resposta
Por meio de nota, o governo informou que não aceita a proposta de reajuste e que ela “elevaria o Anel A – o mais utilizado pelos usuários do sistema – de R$ 3,45 para R$ 3,90, o que é inaceitável”.
O governo disse, ainda, que “atualmente, a Região Metropolitana do Recife tem uma das tarifas mais baratas entre as capitais do país, e que o Executivo estadual não abre mão da continuidade desse quadro, em 2020”.
No documento, o Executivo disse, também, que “estão em fase de conclusão os estudos necessários que garantam melhorias para o usuário e uma equação que possa viabilizar o sistema, com equilíbrio e sustentabilidade”, como “a Lei do Ar-Condicionado, que está sendo considerada nessa análise, propondo uma meta de ampliação da frota climatizada na região”.
Para justificar a rejeição da proposta, o governo afirmou ter adotado medidas como o Passe Livre para estudantes, o transporte complementar gratuito e a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel, este último mantido “para evitar que a passagem alcance valores mais altos, como acontece em outros estados”.
O governo informou que “intensificará as ações de melhoria da estrutura que serve ao transporte, com intervenções nos terminais e estações, e de segurança para a população” e que “os empresários também precisam fazer a parte deles no funcionamento do sistema, na renovação da frota, com ampliação da climatização, e na pontualidade”.