Na Igreja Católica, o feriado de Corpus Christi, comemorado nesta quinta-feira (30), celebra o sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, representados pelo pão e vinho de forma simbólica, para recordar a última ceia de Jesus com os apóstolos.
Uma tradição da data são as procissões pelas ruas, com as vias decoradas com tapetes de areia e serragem, algo que é um costume para católicos de outros países e faz parte da cultura religiosa entre os devotos no Brasil desde a colonização.
A data celebra, como o nome diz, o corpo de Cristo e começou a ser comemorada ainda no século XIII. Um dos principais motivos da data, segundo explicou o padre Kléber Silva, era dar uma resposta de fé e de culto a controvérsias e heresias (ideias rejeitadas pela Igreja) acerca do mistério da presença real de Cristo na Eucaristia.
“Depois, um outro momento importante que constituiu a origem desta celebração foram as revelações que uma monja agostiniana de Liége, na Bélgica, Juliana de Cornillon, teve. A partir disso foram diversas as manifestações”, explicou o religioso.
Corpus Christi foi celebrado pela primeira vez em 1247, na Diocese de Liége. Em seguida, segundo o padre, o Papa Urbano IV instituiu a celebração numa bula publicada no dia 8 de setembro de 1264.
Procissão e tapetes
A tradição dos tapetes coloridos tiveram origem em Portugal e foram trazidos para o Brasil durante a colonização. Para a Igreja Católica, os tapetes simbolizam a acolhida de Jesus em Jerusalém, quando as pessoas cobriram as ruas de ramos e mantos para a passagem do Messias.
Diversas cidades do país e do mundo têm o hábito de preparar tapetes para a procissão de Corpus Christi. Segundo o padre, a tradição serve para expressar o amor e o carinho da Igreja à presença de Jesus vivo na Eucaristia.
“É por isso a tradição que remonta a história da Igreja de se organizar em tapetes para que a pessoa de Jesus, expressa na hóstia consagrada, passe da melhor forma possível através desses tapetes”, disse.