Os municípios pernambucanos de Arcoverde, Goiana e Araripina foram três das 28 cidades do País a serem selecionadas para a implantação do curso de graduação em medicina. Prefeitos e representantes das secretarias de saúde dessas cidades assinaram um termo de compromisso no Ministério da Educação (MEC) para a implantação dos cursos. “O primeiro propósito com a implantação desses novos cursos é preservar a qualidade da formação médica no Brasil”, explicou o ministro Mendonça Filho.
“Em segundo lugar, vamos gerar mais oportunidade na formação médica em municípios distantes, onde a população muitas vezes não tem acesso a médicos e profissionais ligados à saúde. Expandir e interiorizar a formação médica é fundamental para que a gente possa ter uma boa formação de um lado e mais oportunidades para quem precisa de acesso a saúde de boa qualidade”, declarou.
A espera pela decisão da implantação do curso de medicina tem sido aguardada desde 2015, quando as prefeituras aderiram ao Programa Mais Médico do Governo Federal. De acordo com o secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC, Henrique Sartori, para autorizar a abertura de vagas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, foi feito um levantamento a fim de identificar quais municípios estavam em condições de receber os novos cursos de medicina.
“Os municípios selecionados passaram por uma seleção criteriosa em relação à sua capacidade de saúde”, disse Sartori. “[Foram avaliados] os equipamentos de saúde que existem no município, tudo aquilo que indica a Lei nº 12.871, que é a Lei dos Mais Médicos, em relação ao quantitativo de leitos no município, ao hospital com potencial para se tornar um hospital de ensino, equipe de atenção básica e um campo de prática que garanta aos alunos uma boa educação e uma educação de qualidade”.
A previsão é que a entrega dos cursos seja feita em dezembro deste ano. “O próximo passo agora é abrir o edital de seleção de mantenedoras, no qual as faculdades serão selecionadas nesses municípios que hoje assinaram o termo de compromisso”, garante Sartori, reforçando que o processo deve durar oito meses.