Foragido, suspeito de mandar executar promotor afirma, em vídeo, ser inocente

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Do NE10

Há duas semanas foragido pela suspeita de mandar matar o promotor Thiago Faria, em Itaíba, Agreste de Pernambuco, o fazendeiro José Maria Pedro Resendo Barbosa afirma ser inocente em vídeo divulgado na manhã desta segunda-feira (28) pela TV Globo. Nas imagens entregues à equipe em um cartão de memória segundo a emissora, o fazendeiro nega qualquer rivalidade com a família da noiva do promotor e garante que irá se apresentar à polícia “no momento certo”. Thiago Faria foi executado na manhã do último dia 14 na cidade dentro do seu carro, na PE-300, na cidade de Itaíba, Agreste do Estado.

As imagens teriam sido registradas poucos dias após o crime, num local escuro e não identificado. O vídeo possui 23 minutos durante os quais o fazendeiro aborda a rivalidade com a família Martins, o interesse pelas terras da Fazenda Nova e o que fazia no dia do crime.

Logo no início, ele afirma ser inocente. “Sim, sou inocente porque nunca tive nenhuma rivalidade com ele [o promotor]. Nunca tive inimizade com ele”, garante José Maria. Ele também nega ter se envolvido em qualquer desentendimento com a família de Misheva Martins, noiva do promotor assassinado. “A família Martins sempre foi minha amiga”, diz.

“Não tem como eu ter dirigido aquele carro porque eu estava no posto de gasolina que fica do lado do escritório de advocacia do meu filho”, afirma. Algumas imagens que mostrariam o carro do fazendeiro fazendo um percurso diferente do promotor foram reunidas na semana passada pela família de José Maria. Os nomes de algumas testemunhas, inclusive do frentista do posto, também foram entregues à polícia.

Sobre as terras da Fazenda Nova, o que é apontado pela polícia como a motivação do crime, José Maria nega qualquer interesse. “Eu não dependo da Fazenda Nova, até porque eu tenho duas propriedades que são minhas mesmo”, argumenta.

Já no final do vídeo, ao tratar da sua fuga, o fazendeiro diz estar foragido para provar sua inocência. “Estou esperando. Confio na Justiça, no trabalho que a polícia está fazendo”. “Na hora certa, no momento certo, vou provar minha inocência”, encerra.

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