Inovar. Integrar. Ir além. Esta é a proposta da parceria oficializada na manhã desta quarta (28) entre o Google e o Governo do Estado de Pernambuco para implantar o GSuite for Education em cinco escolas da rede de ensino do Estado. As ferramentas já fazem parte da rotina de três Escolas Técnicas Estaduais (ETEs): ETE Miguel Batista e Professor Agamenon Magalhães, ambas na Zona Norte do Recife, e Maria José Vasconcelos, em Bezerros, no Agreste.
O projeto consiste na liberação para utilização, de forma gratuita, da Plataforma de Aprendizagem Google, com ferramentas e aplicativos que favorecem transformações em sala de aula para professores e estudantes com tecnologia, criatividade e inovação. Na questão da interatividade, essas ferramentas são muito semelhantes a outras disponibilizadas pela empresa para uso pessoal, como Google Drive, Forms, Docs, Slides e etc.
Uma das principais ferramentas disponibilizadas é o Google Sala de aula, criado com professores e alunos para facilitar a comunicação da turma, acompanhar o progresso dos estudantes e permitir que todos atinjam os resultados esperados juntos. Para utilização dos benefícios disponíveis, os professores passam por uma capacitação oferecida por representantes do Google no Brasil.
Segundo o secretário estadual de Educação, Fred Amancio, o uso das ferramentas do Google tem aumentado o interesse dos estudantes, estimulado professores a criar aulas mais interativas, gerando até uma economia de papéis na substituição de impressão de provas pela aplicação de avaliações online, por exemplo. Ele ainda afirma que a quarta escola contemplada é a Escola de Referência Trajano Mendonça, localizada no bairro de Jardim São Paulo, Zona Oeste do Recife. As outras escolas ainda não foram definidas mas, provavelmente, também serão escolas de referência. “Pelo menos uma dessas quatro será no interior do Estado. E nós queremos ampliar ainda mais essa parceria no futuro, ao máximo possível”, comentou o secretário.
A afirmação é confirmada por Francisco Neto, gestor da ETE Maria José Vasconcelos, em Bezerros, no Agreste. “A implantação foi excelente para nossa escola. Ela foi realizada apenas no segundo semestre do ano passado. Com o projeto, nós passamos a ter o smartphone como aliado como ferramenta pedagógica e não mais como concorrente do professor. As horas vagas que o estudante já passava no computador, ele agora usa para realizar as atividades e cumprir a carga horária das atividades escolares. O tempo é otimizado de forma atrativa. O lado ruim é que nem todos os estudantes têm internet em casa, apenas na escola. Cerca de 80% dos professores já usam plenamente”, contou o gestor.
O representante do Google For Education na América Latina, Rodrigo Pimentel, destacou a preocupação da empresa não só com a implantação da plataforma, mas com o acompanhamento dos resultados. “A gente escutou aqui, dos dirigentes e dos professores das escolas, como a vida deles tem mudado com uso correto da tecnologia. A gente entende com clareza que a tecnologia por si só não vai mudar absolutamente nada. É a combinação da tecnologia com as práticas corretas na sala de aula, com os professores treinados, com os pais envolvidos que vai, de fato, fazer a diferença. Acho que a indústria tem tido uma preocupação muito grande em empurrar tecnologia sem se preocupar com o impacto na dinâmica da sala. E nós vamos no caminho contrário disso”, completou.