Governo de Pernambuco vai discutir privatização de rodovias no Estado

Rodovia BR-232 virou uma ‘montanha russa’ de tantos remendos no pavimento. Asfalto voltou a ser jogado sobre as placas de concreto – BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

A intenção não é novidade em Pernambuco, mas a privatização de rodovias voltou a ser tema de discussão no Estado. O novo governo de Pernambuco quer e vai retomar a discussão sobre a implantação de pedágio em algumas das rodovias estratégicas para o desenvolvimento econômico estadual. E na discussão vão entrar tanto as rodovias estaduais como as federais.

No pacote vão estar a BR-232, eixo estruturador para o Interior de Pernambuco e que já fez parte de estudos de privatização em governos passados. Além dela, a BR-104, outro corredor estratégico que corta o Agreste pernambucano, e a PE-60, rodovia estadual que compõe a principal rota de acesso ao Litoral Sul de Pernambuco, maior destino turístico do Estado e onde está as Praias de Porto de Galinhas e Carneiros, por exemplo.

Em entrevista à Rádio Jornal, o secretário de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco, Evandro Avelar, falou sobre a retomada dos estudos de concessão ao ser questionado sobre as soluções mais efetivas e de longo prazo diante da situação da malha rodoviária.

Avelar afirmou, inclusive, que atualmente 60% da malha rodoviária pernambucana está em situação precária. “As concessões de rodovias têm um estigma em Pernambuco que precisa ser rompido. No Sudeste e Sul do País, por exemplo, o processo está consolidado. Se tem ganhos públicos, ele é operado. Precisamos fazer o mesmo aqui”, disse.

Segundo o secretário, o governo de Pernambuco quer colocar os estudos na mesa e discutir o processo com tranquilidade porque sabe que o poder público não tem condições de assumir a manutenção e construção de rodovias. E usou as BRs 232 e 104 como exemplo.

“A BR-232 é um exemplo. Serão mais de R$ 250 milhões para recuperar os 130 quilômetros entre Recife e Caruaru. Outro exemplo é a BR-104, que tem um trecho da duplicação incompleto na altura de Toritama”, citou.

Informações: JC Online