O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) apresentou, nesta sexta-feira (25), a proposta de unificação das provas para os concursos públicos voltados ao preenchimento de vagas no governo federal. O modelo de aplicação das provas do Concurso Nacional Unificado, foi inspirado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A adesão dos ministérios ao concurso unificado é voluntária e, segundo o Ministério da Gestão e Inovação, o edital deve ser publicado até dezembro deste ano, com realização de prova prevista para o dia 25 de fevereiro de 2024.
As vagas foram agrupadas em blocos temáticos: Administração e Finanças Públicas (580 vagas); Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação (1.015 vagas); Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (1.194 vagas); Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário (1.040 vagas); Políticas Sociais, Justiça e Saúde (1.470 vagas); Trabalho e Previdência (940 vagas); Dados, Tecnologia e Informação Pública (895 vagas); Nível intermediário (692 vagas).
Quando será realizada a prova?
De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação, a prova tem data provável do dia 25 de fevereiro de 2024 – dividido em dois momentos na mesma data: 1º) Provas objetivas com matriz comum a todos os candidatos; e 2º) Provas específicas e dissertativas por blocos temáticos.
Os resultados gerais da primeira fase devem ser divulgados até o final de abril de 2024 e o início dos cursos de formação, entre junho e julho do ano que vem. A meta é realizar a prova em cerca de 180 cidades, simultaneamente, em todo o país.
PROJETO OUSADO
“É um processo de democratização do acesso para se tornar servidor público, mas também no sentido de que há uma retomada do processo de contratação para o setor, reforçando o fortalecimento do Estado brasileiro”, afirmou a ministra Esther Dweck, em entrevista a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, nessa quinta-feira (24).
Segundo o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Jr, estudos especializados indicam que esse formato unificado de provas, em detrimento daqueles que pretendem aferir conhecimentos, desde saída, muito especializados, tem sido capaz de selecionar melhor os futuros servidores e servidoras públicas, trazendo para o seio do Estado pessoas em geral íntegras e comprometidas com a esfera pública e as realizações da administração.
O certame será organizado a partir de uma Coordenação Geral composta pelo Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o Instituto de Pesquisa Econômico Aplicada (IPEA), a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e a Advocacia Geral da União (AGU). Este arranjo prevê também a participação ativa das comissões setoriais de cada um dos órgãos envolvidos, cujos representantes formariam o Comitê Consultivo/Deliberativo.
Até meados de setembro deste ano, deve ser publicado pelo Ministério da Gestão e da Inovação o ato oficial que irá definir a estrutura de governança do Concurso federal Unificado.