Depois que a direção nacional do PSB divulgou nota defendendo o ex-governador e ex-presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, citado pelo ex-diretor de abastecimento e refino da Petrobras Paulo Roberto Costa num possível esquema de corrupção na estatal, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), o candidato socialista ao governo do Estado, Paulo Câmara, e o candidato a vice na chapa de Marina Silva, Beto Albuquerque (PSB), saíram ontem em defesa do antigo aliado. Paulo Roberto Costa está preso e, no esquema de “delação pemiada”, revelou nomes de pessoas que supostamente estariam envolvidas.
Jarbas Vasconcelos
Jarbas, que passou mais de duas décadas como adversário do socialista, descartou em nota a possível participação de Eduardo no esquema de corrupção da estatal. “É necessário ter toda a cautela possível com essa inclusão do nome de Eduardo Campos nesse novo escândalo na Petrobras promovido pelo governo do PT. Eduardo não está mais aqui para se defender. Ele se afastou do governo justamente por discordar desse tipo de prática.”
“A inclusão do nome de Eduardo nesse lamaçal do PT tem o único objetivo de atingir a candidatura de Marina Silva, que representa hoje a mais viável possibilidade de mudar tudo isso que o PT instalou no Brasil. Não podemos aceitar que um réu confesso tente incluir nomes de inocentes nas falcatruas comandas pelo PT”, concluiu o senador.
Beto Albuquerque
Beto Albuquerque, que era aliado e amigo de Eduardo, também já requereu o acesso ao processo envolvendo o nome do ex-governador pernambucano. “Estamos atrás da verdade dos fatos. A matéria da Veja (que traz a suposta delação de Paulo Roberto Cunha) cita o nome do Eduardo. Acho muito ruim citar o nome de uma pessoa que, inclusive, morreu há pouco tempo, sem ligá-lo a nada ou alguma coisa e todos passarmos a dizer que ele está envolvido com alguma coisa. Ele morreu por uma fatalidade e não deixaremos que ele morra por leviandade politicamente.”
Paulo Câmara
Apadrinhado político do ex-governador, Paulo Câmara também divulgou nota ontem criticando a menção do ex-presidenciável. “Poucas coisas são tão sórdidas quanto atacar uma pessoa que não pode se defender. A inclusão do nome de Eduardo Campos nos desmandos promovidos pelo PT na gestão da Petrobras é um exemplo dessa sordidez. Eduardo não está aqui para rebater essa agressão. Mas nós, sua família, seus amigos, o povo de Pernambuco vamos defendê-lo.”
Informações: Diário de Pernambuco