Ação conjunta da Polícia Civil realizada na manhã desta quinta-feira (20), cumpriu dois mandados de prisão e 15 mandados de busca e apreensão domiciliar, contra uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de fraude em concurso público e falsidade ideológica.
As investigações foram iniciadas em junho de 2018, nomeadas de Pitonisa e Múltipla Escolha, ambas tiveram ordens judiciais emitidas pela Vara de Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária nos cinco estados envolvidos. Os criminosos são suspeitos de fraudar concursos da área policial. Segundo a delegada responsável pelo caso, Viviane Santa Cruz, o grupo fraudava os concursos das polícias de Pernambuco.
“As fraudes ocorreram nos concursos da polícias civil e militar de Pernambuco. O grupo criminoso atuava atraindo clientes, para que fosse possível o ingresso desses clientes, no serviço público de forma fraudulenta. Os criminosos treinavam os candidatos usando pontos eletrônicos, para que no dia do concurso eles pudessem ter acesso às informações durante a realização da prova” explicou.
O acesso era através de um falso candidato que saía de forma proibida do local, em posse do exame. Com a prova em mãos, o criminoso dava continuidade ao plano, desta vez passando para alguém que solucionaria as questões e repassava as respostas. “Ele (falso candidato) dava o acesso à prova a uma pessoa, ela resolvia as questões e passava as respostas através de pontos eletrônicos para os candidatos que estavam na sala efetuando a prova” detalhou Viviane.
Durante a operação foram apreendidos computadores, celulares, armas de fogo, munições e documentações. Os suspeitos em Pernambuco e os materiais apreendidos foram levados para o Complexo de Operações Policiais, localizado em Ouro Preto, Olinda.
As operações foram coordenadas pela Polícia Civil de Pernambuco, juntamente com as polícias civis de Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo e Paraíba, Corregedoria Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Corregedoria Regional da Paraíba (PRF-PB). A participação de 100 entre Delegados, Agentes e Escrivães. As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (DINTEL), sob a presidência dos Delegados Viviane Santa Cruz, Diogo Melo e Paulo Furtado.