OPINIÃO – Arcoverde: o fator político delegado Israel Rubis

Por Edilson Xavier*

É de curial sabença que aos quadros da oposição ao governo municipal de Arcoverde, deve ser acrescido e levado em consideração o nome do delegado de polícia do Estado,  Israel Rubis, que há tempo vem tentando se apresentar como mais uma opção política. Sua vida pública, como é cediço, teve início com sua atuação no âmbito  investigativo de  razoável repercussão  local,  tendo sido recepcionado,   inclusive,   pelo   Poder   Judiciário,   que   atendeu algumas requisições em face de inquéritos policiais instaurados e alguns deles sem tramitação há tempo.Com essa repercussão, como não se via há tempo em Arcoverde, a   opinião   pública,   ou   parte   dela,   lhe   concedeu   fóruns   de credibilidade, e ele, ao seu alvedrio, resolveu se alçar a um inédito voo   na   plataforma   política   eleitoral,   passando,   dessa   forma   e claramente   inevitável   a   ser   mais   uma   opção   nas   hostes oposicionistas,   que   hoje   (abril)   só   vem   contando   com   a   pré-candidatura   do   ex-prefeito   Zeca,   que   foi   aliado   da   prefeita Madalena   e   responsável   direito   por   sua   eleição   no   primeiro mandato.

Hoje, ao que parece, são inimigos fidagais. Contudo, essa desunião, pela lógica eleitoral, favorece outras candidaturas, entre elas, a do delegado Israel, que vem se apresentando como o novo nesse período eleitoral, e  pela ampla movimentação que vem empreendo pelas ruas e focado nas redes sociais, não padece de dúvida que o eleitorado arcoverdense já cansado da mesmice, vem dando sinais de que pode se empolgar ainda mais com essa pré-candidatura.   

Convém lembrar à guisa de enriquecer o debate, que Arcoverde já vivenciou fenômenos   eleitorais   que   vale   a   pena   lembrar.   Em 1968,   o   ano   que   não   terminou,   o   professor   Giovanni Porto empolgou e incendiou o eleitorado com grande poder de oratória, ganhando a eleição para prefeito, sem possuir quaisquer recursos financeiros. Contudo, esse mesmo fenômeno eleitoral voltou a ocorrer em Arcoverde, em 1988, com a vitória do médico Julião Guerra, vencendo a eleição contra o candidato do então prefeito, tendo   disputado   eleição   com   uma   grande   liderança,   o Comendador e ex-prefeito Áureo, em que adotou um virulento discurso contra a classe média que rotulava de “elite falida”. Como estamos a iniciar mais um período eleitoral, o eleitorado tem a opção de escolher entre a mesmice, e o que está aí e o novo, que   poderá,   ou   não,   empolgar   o   eleitorado   de   Arcoverde, dependendo como irá se desenrolar as demais candidaturas que já foram mencionadas   em   artigo   anterior.

Por   fim,   é   de   curial interesse lembrar que há um espaço massificado nas redes sociais nesse período eleitoral e pode garantir algumas surpresas e esse espaço   já   vem   sendo   utilizado   há   algum   tempo   com   plena recepção dos arcoverdenses.   O delegado Israel, como visto à exaustão, é o novo nessa eleição, sendo de bom alvitre prestar atenção á sua movimentação, que pode inclusive, quebrar esse ping pong da política local.

Edilson Xavier, advogado, é ex-presidente da Câmara Municipal e da OAB de Arcoverde.

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