As oposições pernambucanas adiaram pela terceira vez o anúncio da chapa majoritária que irá disputar as próximas eleições. Alegou-se como causa o rescaldo da greve dos caminhoneiros, mas na verdade o motivo foi outro: a falta de entendimento interno para a escolha do vice e do segundo candidato a senador.
Há consenso nos sete partidos que formam a frente oposicionista em torno do nome de Armando Monteiro para disputar o governo e do deputado Mendonça Filho para concorrer a uma das vagas no Senado. Mas ainda não se chegou a um acordo sobre o nome do vice e o segundo candidato a senador.
Tudo que se sabe até agora é que o vice será do PSDB, indicado pelo deputado Bruno Araújo, que se nega a concorrer por não querer pôr seu mandato em risco e ter sido ministro do governo Temer, que é fortemente rejeitado em Pernambuco. Cogitou-se para esta vaga o vereador recifense André Régis. Mas não houve avanço dentro do partido, que passou a examinar o nome do ex-deputado Guilherme Coelho, que tem a vantagem de ser sertanejo de Petrolina e a desvantagem de morar em São Paulo. A vaga portanto está em aberto e deve passar também pelo crivo da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra.
Quanto à segunda vaga de senador, continua a indecisão entre o deputado federal Sílvio Costa e o deputado estadual André Ferreira. Fora desses dois será uma surpresa.