Continua o colapso total no abastecimento de gás de cozinha na Paraíba. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP da Paraíba (Sinregas-PB), Marcos Bezerra, que garantiu não ter previsão de quando o estado vai voltar a receber gás.
Conforme Marcos, a situação de desabastecimento de gás de uso residencial começou na sexta-feira (25) e se agravou durante o fim de semana com a continuidade da greve. Agora, até os serviços essenciais, como hospitais, também correm risco de desabastecimento.
“O gás para os serviços essenciais, como hospitais, e também os de presídios termina amanhã e não temos como abastecê-los. Não temos nem previsão de quando iremos ter chegada do produto. Fiz um relatório sobre a situação e encaminhei o documento as autoridades para que elas possam ver o que será feito”, disse Marcos Bezerra.
Na região do Cariri, várias cidades registram falta de gás de cozinha, a exemplo de Monteiro, Sumé e Serra Branca.
Nacionalmente, o Sindigás emitiu nota confirmando a situação de desabastecimento em todo o Brasil. Veja abaixo a nota na íntegra.
O Sindigás informa que algumas praças ainda possuem um estoque mínimo de GLP, apesar da situação caótica do abastecimento do produto em todo o Brasil. Por ele ser armazenável, tem a vantagem de permitir ao consumidor contar com uma reserva, em média, de até 22 dias. Grevistas e forças policiais estão permitindo apenas a passagem de caminhões com GLP granel para abastecer serviços essenciais, como hospitais, creches, escolas e presídios.
Porém, caminhões com botijões de 13kg, 20kg, 45kg vazios ou cheios com nota fiscal a caminho das revendas não são reconhecidos pelos grevistas como abastecimento de um serviço essencial, o que é um equívoco, pois o produto nessas embalagens também pode ser destinado ao abastecimento de serviços essenciais. O setor de GLP trabalha com uma logística reversa, na qual é imprescindível o retorno dos botijões vazios às bases para serem engarrafados. O Sindigás reitera que há gás nas bases. O problema no abastecimento deve-se às dificuldades de escoamento do produto pelas rodovias do país. É necessário que grevistas e as autoridades que atuam nesse momento de crise, como Polícia Rodoviária Federal, ANP, Exército, entre outros atores, compreendam que o GLP é um produto essencial para o bem-estar da população e que permitam o trânsito das carretas a granel e dos caminhões com os botijões, sejam vazios ou cheios.
Informações: Cariri Ligado