O mês de agosto de 2017 teve o maior número de homicídios, na comparação com o mesmo mês, nos últimos sete anos, segundo dados da Secretaria de Defesa Social (SDS). Sobre os índices da criminalidade, nesta quinta-feira (21), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, reconheceu que o estado está com “muitos desafios na segurança”, mas descartou a necessidade de atuação da Força Nacional, pedida por deputados de oposição.
“Ninguém está escondendo que nós estamos com muitos desafios na segurança, os números mostram isso. Nosso efetivo está sendo recompletado. Não é assim, chamando Força Nacional, que não tem nem esse contingente, que vamos resolver”, disse Paulo Câmara.
A declaração foi dada durante a cerimônia de formatura de 1.448 novos policiais militares, realizada no Quartel do Derby, região central do Recife. De acordo com o governador, os novos PMs vão atuar nas áreas violentas do estado, recompletando o efetivo da polícia para atuar no âmbito do Pacto pela Vida.
Segundo a SDS, em agosto, foram registrados 413 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), em todo o estado, 51 a mais do que os 362 casos notificados no mesmo período de 2016. Na quarta-feira (20), uma comissão o formada por seis deputados da bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) protocolou um pedido para que o estado solicite o apoio da Força Nacional para ajudar as polícias a enfrentarem a criminalidade.
“Os resultados estão vindo desfavoravelmente e isso a gente tem que combater todo dia. Quando se pede Força Nacional, primeiro, desconhece nosso trabalho e tudo aquilo que a gente está fazendo e quer construir para um Pernambuco de segurança e de paz. O Exército tem uma grande tarefa, que pode ajudar muito os estados, que é proteger as fronteiras, porque entra muita droga e muita arma pelas fronteiras. Cada esfera governamental tem um dever a fazer. O ”, disse o governador.
Sobre o Pacto pela Vida, medida que visa diminuir os índices de violência no estado, implantada durante o governo de Eduardo Campos, Câmara afirma que a política é alterada de acordo com a necessidade de aplicação de recursos.
“Eu tenho plena confiança que não é com maus resultados que a gente vai dizer que o Pacto está errado. O Pacto pela Vida é uma política bem concebida, bem feita, e que vai continuar sendo alterada na necessidade de aplicação dos recursos e ao mesmo tempo na busca de melhorar a segurança”, finalizou.
Novos PMs
Os soldados formados nesta quinta-feira (21) são da turma do concurso público realizado em 2016. Durante oito meses, eles fizeram o curso de formação e começam a trabalhar a partir de sexta-feira (22). Durante a cerimônia, foram entregues 83 novos carros das polícias Militar e Civil e do Corpo de Bombeiros. Neste ano, também começa a formação de mais 1.300 PMs e mil policiais civis.