A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está analisando um pedido de revisão tarifária extraordinária que poderá afetar diretamente os consumidores de energia elétrica em Pernambuco, além de outros estados e o Distrito Federal. O pedido das distribuidoras de energia busca compensar as perdas operacionais que ocorreram no período da pandemia de Covid-19, e se aprovado, pode resultar em uma cobrança extra nas contas de luz em 2025.

As distribuidoras que solicitaram esse reajuste são da Light (RJ), Copel (PR), e Neoenergia, que atende os estados de Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. Elas alegam que as perdas durante a pandemia foram causadas principalmente pela redução de consumo de energia e pelo aumento da inadimplência, situações que afetaram diretamente a saúde financeira das concessionárias. Em Pernambuco, a distribuidora responsável pela energia é a Neoenergia Pernambuco, que fez um pedido de compensação no valor de R$ 23 milhões.

Impacto esperado nas contas de luz em Pernambuco

Caso o pedido da distribuidora Neoenergia Pernambuco seja aprovado pela Aneel, os clientes do estado poderão ver um aumento de 1,2% nas suas contas de luz a partir do próximo reajuste. Esse valor pode parecer pequeno, mas considerando o número de consumidores e o impacto financeiro em muitas famílias, o reajuste tem gerado preocupação, principalmente em um contexto de aumento do custo de vida.

De acordo com a Aneel, as distribuidoras têm o direito de solicitar essa revisão tarifária para compensar os prejuízos financeiros causados pelas condições excepcionais da pandemia. No entanto, é importante frisar que o consumidor será o responsável por arcar com esses custos, uma vez que, em contratos de concessão, qualquer desequilíbrio financeiro deve ser ajustado através do reajuste tarifário.

Demais estados e o Distrito Federal também serão afetados

Além de Pernambuco, outras regiões também terão reajustes nas contas de energia. Para a Neoenergia Bahia, o aumento pode chegar a 3,4% para os consumidores do estado, o maior percentual entre os solicitados pelas distribuidoras. Para o Rio Grande do Norte, o reajuste médio será de 2%, e para o Distrito Federal, o aumento será de 1,2%.