PF faz operação sobre possÃveis crimes contra a previdência em Petrolina e busca cumprir 24 mandados de prisão
A PolÃcia Federal (PF), em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco, deflagrou, nesta quarta-feira (16), a Operação Errantes, que investiga supostos crimes contra a Previdência Social cometidos por organização criminosa que atua no municÃpio de Petrolina e região.
A Justiça autorizou o cumprimento, pela PF, de 24 mandados de prisão e 35 mandados de busca e apreensão, nos municÃpios de Petrolina, Tabira (PE) e Filadélfia (BA).
De acordo com o MPF,
investigações realizadas ao longo de meses, inclusive com uso de ação controlada, “revelaram a existência de organização criminosa extremamente ramificada, com divisão interna de funções, que atua de forma duradoura e estável praticando golpes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)â€.
Até o momento, estima-se que o prejuÃzo aos cofres públicos seja superior a R$ 45 milhões.
Os possÃveis crimes consistem na obtenção, mediante diversas fraudes, de benefÃcios assistenciais e previdenciários. “Os lÃderes do esquema auferem os lucros decorrentes dos pagamentos de centenas de benefÃcios irregulares. Na execução dos crimes, são auxiliados por várias pessoas, recrutadas por eles para atuar como operadores do esquema ou laranjasâ€, afirma o MP.
“Esses laranjas – na maioria pessoas analfabetas ou com pouca instrução e de idade avançada – são usados para emissão de documentos de identidade falsos, depois utilizados nos requerimentos de benefÃcios perante o INSS. Os operadores das fraudes viajam por diferentes estados para providenciar as emissões dos documentos de identificação irregulares, como registros gerais (RGs) e certidões de nascimento. Um mesmo laranja chega a ter dezenas de RGs fraudulentosâ€, alega o Ministério Público Federal.
De acordo com as apurações do MPF, a suposta organização criminosa “também movimenta um verdadeiro comércio paralelo de aluguel, venda e permuta de cartões de saques de benefÃcios irregularesâ€. “Em virtude dos ganhos com os crimes, os lÃderes da organização criminosa possuem patrimônio elevado, cujos bens de alto valor são registrados em nome de terceiros, e ainda praticam outras atividades ilÃcitas, a exemplo de agiotagem, como forma de alavancar os ganhosâ€, frisam os investigadores.
As provas colhidas durante a operação serão analisadas pelo MPF, para aprofundamento das investigações e adoção das medidas judiciais cabÃveis.