Os estrategistas da candidatura socialista em 2014 sempre disseram, nos bastidores da atividade política local, que uma das condições para que Eduardo Campos buscasse o voo solo em 2014 seria a situação econômica. Dilma precisaria estar mal das pernas. A presidente já construiu parte deste cenário. O mantra de ganhar 2013 era parte desta estratégia, de maneira a passar a ideia de que o socialista não torcia contra a petista nem contra o pais, em um eventual descaminho na atividade econômica.
Com a queda considerável de Dilma nas pesquisas de opinião, depois dos protestos de rua pelo Brasil, a possibilidade de segundo turno já é bastante plausível, como mostram os números da pesquisa Datafolha desta sábado.
Eduardo Campos, que se manteve submerso quase todo tempo, já tem 7% das intensões de voto.
Apesar de ter sido o mais contundente crítico da situação do país e das medidas adotadas por Dilma, como reação aos protestos, o tucano Aécio Neves não se beneficiou muito da queda de Dilma e continua perdendo para Marina.