Quando Luiz Inácio Lula da Silva venceu a disputa presidencial de 2002, o publicitário Duda Mendonça, responsável pela construção do ‘Lulinha paz e amor”, fez uma declaração que viria a se tornar uma espécie de mantra do marketing político. “A democracia brasileira amadureceu e agora está provado que quem bate perde”, afirmou o publicitário traçando um paralelo com a eleição de 1989, quando Fernando Collor de Melo promoveu uma campanha de mentiras e ataques pessoais para derrotar Lula.
Depois de 12 anos no poder, o PT, o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff, candidata à releição, resolveram desafiar esse mantra e trazem à disputa eleitoral uma sucessão de agressões e mentiras contra seus principais oponentes jamais vista na história recente do País. Também se valem do aparelhamento instalado no governo federal para manipular dados e esconder todos os indicadores que possam prejudicar a candidatura oficial, atentando contra a credibilidade de instituições como o Ipea e o IBGE. “O PT tem promovido uma das campanhas mais sujas da história. O objetivo é se manter no poder a qualquer preço”, afirma a ex-senadora Marina Silva, candidata do PSB derrotada no primeiro turno. “Fui vítima dessa ação difamatória sem precedentes que agora praticam contra o candidato Aécio Neves.”
Desde o início do processo eleitoral, a campanha de Dilma Rousseff tem se valido da tática do medo e do terrorismo eleitoral para atingir seus adversários. Começou por intermédio das redes sociais e de militantes bem remunerados. Mas, a partir do segundo turno e com as pesquisas indicando a liderança do tucano Aécio Neves, o ex-presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff passaram a ser os principais protagonistas dos ataques caluniosos.
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