O Governo de Pernambuco detalhou, nesta segunda-feira (26.09), a engenharia para a instalação de um Terminal de Granéis Sólidos Minerais no Porto de Suape.
O terminal está localizado dentro dos limites da Zona Industrial Portuária (ZIP), na Ilha de Cocaia, e o sistema logístico, viabilizado a partir da implantação do empreendimento, apresenta-se como alternativa à conclusão da Ferrovia Transnordestina até o Porto de Suape.
A área do empreendimento é de 51,8 hectares, em Suape.
A obra do terminal tem previsão de início para o ano de 2025 e vai gerar mais de 3 mil empregos, entre diretos e indiretos. Durante a operação, serão 400 empregos.
A construção do terminal terá investido R$ 1,5 bilhão, com a estimativa de movimentar anualmente 13,5 milhões de toneladas de minério de ferro.
A ferrovia vai viabilizar a exportação de minério de ferro que o grupo empresarial explora no município de Curral Novo, onde há uma jazida com 800 milhões de toneladas de ferro, maior reserva mineral daquele Estado e uma das maiores do País.
Na modalidade de Terminal de Uso Privado (TUP), o empreendimento será operado pela empresa Planalto Piauí Participações e Empreendimentos S.A., integrante do grupo Bemisa Brasil Operação Mineral S.A., mineradora autorizada pelo governo federal a implantar e explorar a Ferrovia do Sertão (EF233), nos 717 quilômetros entre Curral Novo (PI) e o porto pernambucano.
Segundo o Estado, o terminal terá capacidade de recebimento e embarque de 50 mil toneladas de minério por dia e volume máximo de 780 mil toneladas para estocagem no pátio. A operação tem previsão de arrecadar R$ 617,2 milhões em tarifas portuárias e um total de R$ 184,5 milhões pelo arrendamento da área durante a vigência do contrato, que é de 30 anos.
“Pernambuco foi um Estado que sempre nos recebeu muito bem, e o governador Paulo Câmara foi essencial para isso. A gente já vem discutindo há alguns anos sobre essa possibilidade, que hoje culminou na assinatura do contrato de arrendamento”, disse o CEO da Bemisa, Augusto Lopes.